UE vai contribuir com 35 mil milhões de euros para o empréstimo à Ucrânia acordado pelo G7, anunciou Von der Leyen

Ursula von der Leyen anunciou, esta sexta-feira, em Kiev, que a União Europeia vai contribuir com 35 mil milhões de euros para o empréstimo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 46,5 mil milhões de euros) à Ucrânia acordado no âmbito da cimeira do G7, que será financiado com interesses em ativos russo congelados pelas sanções: a verba, apontou, destina-se a contribuir para a recuperação ucraniana.

“Os implacáveis ataques russo significam que a Ucrânia precisa de apoio contínuo da UE. A Comissão Europeia concederá um empréstimo de até 35 mil milhões de euros à Ucrânia como parte do compromisso do G7. Esta é outra importante contribuição da UE para a recuperação da Ucrânia”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, na rede social ‘X’.

“Trata-se de um enorme passo em frente […] e estamos a assentar isto nos lucros com os bens russos congelados” para, desta forma, “melhorar a estabilidade macro-financeira da Ucrânia e proporcionar um espaço orçamental mais significativo que vos permite decidir a melhor forma de utilizar as verbas, dando-vos a máxima flexibilidade para satisfazer as vossas necessidades e libertando recursos”, adiantou a responsável, dirigindo-se a Volodymyr Zelensky.

Recorde-se que Von der Leyen chegou esta sexta-feira a Kiev para se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, depois do anúncio do apoio comunitário de 160 milhões de euros para apoiar a preparação do inverno na Ucrânia, em abrigos e obras de reparação.

“Posso anunciar que disponibilizaremos um montante adicional de cerca de 160 milhões de euros para o inverno [na Ucrânia], o que inclui 60 milhões de euros para ajuda a abrigos e aquecedores, por exemplo, bem como cerca de 100 milhões de euros para obras de reparação e energias renováveis”, anunciou Ursula von der Leyen, falando em conferência de imprensa na sede da instituição, em Bruxelas.

A líder do executivo comunitário especificou que estes últimos 100 milhões de euros “provêm das receitas dos ativos russos imobilizados na União Europeia”, numa alusão às verbas congeladas no espaço comunitário na sequência das sanções europeias ao banco central russo.

Ursula von der Leyen vincou ser “justo que a Rússia pague pela destruição que causou”, nomeadamente no setor energético, desde que invadiu o país em fevereiro de 2022, argumentando que o bloco continuará “a transferir parte das receitas dos ativos russos imobilizados para a resiliência energética da Ucrânia”.

“Dentro de duas semanas, começa a estação de aquecimento, com as temperaturas a descer, e a União Europeia está pronta para intensificar o seu apoio à Ucrânia. Estamos a preparar-nos juntos para o inverno e, após esta conferência de imprensa, deslocar-me-ei amanhã [sexta-feira] a Kiev para discutir pessoalmente estas questões com o Presidente [ucraniano], Zelensky, no âmbito dos nossos esforços para ajudar a Ucrânia”, anunciou ainda.

Globalmente, o apoio europeu ao setor energético da Ucrânia desde fevereiro de 2022 ascende a cerca de dois mil milhões de euros.

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