Partido Conservador britânico reúne-se hoje: saiba quais os quatro nomes apontados à sucessão de Rishi Sunak
A conferência do Partido Conservador deste ano poderá ser um pouco mais sombria do que as dos últimos anos. Depois de 14 anos no poder, é tempo de os conservadores ficarem em segundo plano e avaliarem o que correu mal – e porque é que as eleições gerais de julho os fizeram perder tantos lugares.
A partir deste domingo, no Centro Internacional de Convenções de Birmingham, espera-se que a reunião anual dos fiéis conservadores – a primeira em 14 anos a ser realizada a partir da oposição – seja um evento discreto. A programação noturna, normalmente repleta de receções corporativas, é escassa.
As empresas e os lobistas estão a fazer visitas rápidas durante um ou dois dias ou a ignorar totalmente o evento. Rishi Sunak estará presente apenas no domingo e não fará qualquer discurso. Os ex-parlamentares que perderam os seus lugares em julho também ficarão afastados. “Conversei com um grupo de pessoas e nenhuma parecia estar a ir”, observou um antigo ministro, citado pelo jornal ‘The Guardian’.
O principal ponto é a sucessão de Rishi Sunak: Kemi Badenoch, Tom Tugendhat, James Cleverly e Robert Jenrick são os últimos sobreviventes desta corrida política. Mesmo entre os atuais deputados conservadores há pouco entusiasmo por qualquer um dos quatro candidatos que disputam a coroa conservadora. De acordo com o ‘ConservativeHome’, menos de metade do partido parlamentar – 55 dos 121 deputados – declarou abertamente quem apoia.
Na última ronda de votação deste mês, Robert Jenrick teve 33 apoiantes entre os parlamentares, seguido por Kemi Badenoch com 28. James Cleverly e Tom Tugendhat tiveram 21 cada.
Para a sede da campanha conservadora (CCHQ), os objetivos desta conferência são claros: angariar dinheiro e minimizar o potencial de lutas internas. Mas o formato resultante fomentou o ressentimento em alguns dos campos dos candidatos à liderança. Há também uma frustração crescente entre os membros do partido que pensam que a disputa alargada é politicamente prejudicial. “Parece que quatro pessoas estão a competir para ser o chefe das espreguiçadeiras do ‘Titanic'”, concluiu outra fonte conservadora.