Bolsas europeias acentuam ganhos, após Fed descer taxas em 50 pontos base

As principais bolsas europeias estavam hoje a acentuar os ganhos, depois de a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) ter descido, pela primeira vez desde março de 2022, as taxas de juro, em 50 pontos base.

Às 12:30 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 1,34%, para 521,53 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,94%, 1,92% e 1,51%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 0,67% e 0,92%, respetivamente.

Em sentido contrário, a bolsa de Lisboa inverteu a tendência da abertura e às 12:30 em Lisboa o principal índice, o PSI, estava a recuar 0,23%, para 6.739,08 pontos.

Na quarta-feira, a Fed iniciou um ciclo de cortes nas taxas com uma redução agressiva de 50 pontos base e o presidente da instituição, Jerome Powell, excluiu que este será o ritmo habitual de descidas, uma vez que calibrará a política “sem pressas” e em função da evolução da economia.

A Fed não atribuiu a descida das taxas ao receio de uma recessão, mas sim a uma parte da sua estratégia de ‘soft-landing’ da economia, segundo especialistas citados pela Efe.

Depois de muita incerteza, a Fed optou na quarta-feira finalmente por um corte agressivo de meio ponto percentual nas taxas de juro, o que parece ser uma medida de precaução, e coloca agora o enfoque numa maior cautela em relação ao ritmo e à magnitude da flexibilização da política no futuro, embora, segundo os analistas, qualquer nova fraqueza no mercado de trabalho conduza a mais cortes e mais rápidos.

Para já, os futuros de Wall Street estão positivos em relação ao fim do ciclo de subida das taxas de juro nos EUA, com o Nasdaq, um índice de alta tecnologia, a subir 1,99%, o S&P 500 a avançar 1,53% e o Dow Jones Industrials a progredir 1,16%.

Na quarta-feira, o Dow Jones fechou a descer 0,25%, para 41.503,10 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 41.622,08 pontos, verificado em 17 de setembro, e o Nasdaq, criado em 08 de fevereiro de 1971, a recuar 0,31%, para 17.573,30 pontos, contra o máximo de 18.647,45 pontos verificado em 10 de julho.

Na Ásia, a bolsa de Tóquio fechou hoje com um ganho de 2,13% no principal indicador, o Nikkei, encorajada por um iene fraco após a decisão da Fed e aguardando a conclusão, na sexta-feira, da reunião mensal do Banco do Japão (BoJ), na qual será estudado o impacto das duas subidas de taxas de juro que implementou até agora este ano.

Para já, as autoridades de Hong Kong seguiram as pisadas da Fed e anunciaram também uma descida de 50 pontos base na sua taxa de juro de referência, o que fez com que o índice de referência, o Hang Seng, fechasse hoje com ganhos de 2%.

Na Ásia, o principal índice da Bolsa de Valores de Seul, o Kospi, também ganhou hoje 0,21%.

Os preços do petróleo estão em alta.

O Brent, a referência na Europa, está a subir 1,19% para 74,53 dólares por barril, e o West Texas Intermediate (WTI), a referência nos Estados Unidos, está a avançar 1,23% para 71,78 dólares, antes da abertura oficial do mercado.

O preço do ouro, um dos ativos de refúgio em tempos de incerteza, subiu 1,28% para 2.591,6 dólares por onça, depois de ter atingido 2.600 dólares nas últimas horas após a decisão da Fed.

O bitcoin regista uma subida e tenta atingir os 62.500 dólares.

O euro também se valorizou 0,47% em relação ao dólar, devido à redução das taxas de juro por parte da Fed, e está a ser negociado a 1,1172 dólares.

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