Portugal tem quase 1 milhão de profissionais liberais. “Somos muito penalizados em termos fiscais”, alertam

Portugal tem atualmente cerca de 1 milhão de profissionais liberais, com um aumento de 40% no número de trabalhadores independentes com habilitações superiores nos últimos cinco anos. Este crescimento tem levantado questões sobre as razões que atraem cada vez mais jovens para as profissões liberais e os principais desafios enfrentados por estes trabalhadores, como o dumping, a fiscalidade e as dificuldades na proteção social.

Para debater estas questões, realiza-se a 21 de setembro o 2.º Fórum Profissional Liberal, no Porto. O evento é organizado pela Associação Nacional dos Profissionais Liberais (ANPL) em parceria com a Ordem dos Arquitetos e decorrerá no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, nos Jardins do Palácio de Cristal.

“Queremos contribuir para proporcionar aos profissionais liberais uma experiência adicional de reflexão da sua condição, sobre a sua forma de estar no mundo do trabalho e da mais-valia que podem e devem representar na valorização do país”, refere Orlando Monteiro da Silva, presidente da ANPL. Apesar disso, “somos muito penalizados em termos fiscais e estamos muito desprotegidos na vertente social e queremos ser tratados de forma equitativa”, diz.

Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitectos, explica que Portugal “sofre do paradoxo dos altamente qualificados: os nossos cursos estão entre os mais disputados, mas, chegados à profissão, os recém-arquitetos não são acolhidos por políticas públicas que os protegem e motivam e acabam por encabeçar os índices de emigração entre jovens licenciados. É urgente um debate público sobre este tema”.

O evento contará ainda com intervenções de Theodouros Koutroubas, diretor geral do European Council of Liberal Professions, e Divanzir Chiminacio, presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais do Brasil.

 

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