“É crucial que as empresas estejam preparadas para adotar – e monitorizar – as práticas inclusivas”, alerta a Presidente da Fundação Santander Portugal

Apesar dos avanços na inclusão de pessoas com deficiência, ainda existem desafios significativos para garantir um acesso equitativo ao mercado de trabalho. A Fundação Santander enfatiza a necessidade de mudar o paradigma atual e promover uma verdadeira inclusão.

A Fundação Santander integrou recentemente 18 pessoas com deficiência nas suas equipas, atingindo uma taxa de 2,7% de colaboradores com 60% ou mais de incapacidade. Este índice é superior à média do setor privado, que é de apenas 0,59%, e também excede as quotas mínimas de 1% e 2% estabelecidas para médias e grandes empresas, respetivamente.

A Presidente da Fundação Santander Portugal, Inês Oom de Sousa, sublinha a importância da educação e de novas abordagens à diversidade como fatores cruciais para a verdadeira inclusão. “Embora as quotas desempenhem um papel importante, a verdadeira inclusão requer uma transformação genuína na nossa abordagem à diversidade, e é aqui que a educação assume um papel crucial”, afirma Inês Oom de Sousa.

Estudos mostram que empresas que priorizam a inclusão de pessoas com deficiência não só melhoram a sua criatividade e inovação, mas também registam um aumento significativo nos resultados financeiros. Um estudo da Accenture revela que estas empresas experimentam um aumento de 28% no lucro operacional e uma maior satisfação entre os colaboradores.

“Se é certo que a educação é um grande motor da empregabilidade, também é crucial que as empresas estejam preparadas para adotar – e monitorizar – as práticas inclusivas. O foco não deve estar somente na pessoa com deficiência, mas no incremento da capacidade de adaptação das empresas”, sublinha Inês Oom de Sousa.

A Fundação Santander tem colaborado com várias organizações, como a Associação Salvador, a EPIS e a APSA, para apoiar a inclusão através de bolsas de estudo, estágios e orientação vocacional. Estas parcerias demonstram como a educação e o acompanhamento especializado podem efetivamente melhorar as oportunidades de emprego para pessoas com deficiência. Por exemplo, a taxa de empregabilidade dos jovens no Programa Emprego/Jovens da ASPA é de 75%, enquanto cerca de 70% dos participantes da Associação Salvador encontraram emprego após a participação no projeto.

Além da educação, a adaptação das empresas às práticas inclusivas é fundamental. A Fundação Santander portugal tem promovido a formação contínua de recursos humanos e gestores para garantir uma integração eficaz de colaboradores com deficiência. Entre as iniciativas adotadas estão entrevistas periódicas para avaliar o suporte oferecido e a disponibilização de recursos como ebooks e guias de boas práticas.

O programa PESSOAS 2030, da Fundação Santander, visa melhorar a inclusão de pessoas em risco de exclusão através da qualificação profissional e integração no mercado de trabalho“. Como ativador e parceiro, a Fundação continuará a investir na inclusão e a defender que não é necessário criar um mundo à parte, mas transformar o mundo em que vivemos num lugar de todos”, conclui Inês Oom de Sousa.

 

Ler Mais