Depois dos despedimentos, Intel adia em dois anos a construção de nova fábrica de chips

A Alemanha enfrenta um novo revés económico, com a decisão da Intel de adiar em dois anos a construção de uma fábrica de chips em Magdeburgo, no leste do país. Este anúncio surge num momento delicado para o país, que continua a lidar com uma economia estagnada e desafios na indústria, agravados pela recente decisão da Volkswagen de fechar fábricas e os problemas de qualidade enfrentados pela BMW.

A Intel justificou o adiamento com base na fraca procura do mercado, após um trimestre desanimador que levou a empresa a anunciar cortes de 15 mil empregos, revela o ‘elEconomista’. Além da Alemanha, a gigante dos semicondutores adiou também a construção de uma nova fábrica na Polónia, embora tenha reafirmado o compromisso de expansão nos EUA, com novas instalações planeadas no Arizona, Novo México, Oregon e Ohio.

O projeto alemão era uma peça-chave na estratégia da União Europeia para expandir a sua capacidade de produção de semicondutores. A fábrica de Magdeburgo seria a maior financiada pela Lei de Chips da UE, com um investimento de 30 mil milhões de euros e um subsídio governamental de 10 mil milhões. A construção deveria criar 7.000 empregos durante a fase de edificação e mais 3.000 empregos altamente qualificados quando estivesse operacional.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, reagiu à decisão com otimismo moderado, afirmando que, embora o atraso seja dececionante, a Intel ainda pretende avançar com o projeto. O ministro da Economia, Robert Habeck, garantiu que o governo continua empenhado em fortalecer a produção de semicondutores na Alemanha e na Europa.