‘Vacina’ contra o VIH está pronta? Farmacêutica americana apresenta medicamento que impede 96% das infeções

A cura do VIH deu um salto gigantesco: a farmacêutica americana Gilead concluiu com sucesso o ensaio com o lenacapavir, um princípio ativo já utilizado em alguns pacientes que sofrem desta patologia, que se mostrou capaz de prevenir a infeção em 96% dos casos. Para estar protegido, o uso deste medicamento deve ser administrado duas vezes por ano.

“Houve dois casos incidentes entre 2.180 participantes, correspondendo a 99,9% dos participantes que não adquiriram a infeção pelo VIH no grupo do lenacapavir. Este princípio ativo, administrado duas vezes ao ano, também demonstrou superioridade sobre o Truvada (outro tratamento para o HIV) uma vez ao dia”, explicou a empresa.

No ensaio foram incluídos homens cisgéneros, homens e mulheres trans e indivíduos de género não binário na Argentina, Brasil, México, Peru, África do Sul, Tailândia e Estados Unidos.

“Na análise interina, o Comité de Monitorização de Dados (DMC) independente confirmou que o estudo atingiu os seus principais objetivos de eficácia de superioridade do lenacapavir semestral contra o HIVb (objetivo primário) e Truvada oral uma vez ao dia (objetivo secundário) para pré-pacientes com profilaxia de exposição”, frisou a farmacêutica. “Na verdade, o DMC recomendou que a Gilead interrompesse a fase cega do ensaio e oferecesse lenacapavir em regime aberto a todos os participantes”, acrescentaram.

Com esses dados, a Gilead vai agora recorrer primeiro ao FDA americano para obter aprovação para uso nos Estados Unidos – posteriormente, procederá ao mesmo perante a Agência Europeia de Medicamentos. Caso a fase regulatória não seja prorrogada, ao longo do ano de 2025 o medicamento poderá estar disponível na maioria dos mercados.






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