Scholz garante não haver lugar para antissemitismo e islamismo na Alemanha
O chanceler alemão afirmou hoje que nem “o antissemitismo nem o islamismo têm lugar” no país, referindo-se à suspeita de o ataque desta quinta-feira em Munique ter sido uma incursão islâmica frustrada contra o Consulado Geral de Israel.
“Deixem-me ser muito claro: o antissemitismo e o islamismo não têm lugar aqui”, afirmou Olaf Scholz, na sua conta da rede social X (antigo Twitter), numa mensagem em que agradece a “rápida reação dos serviços de emergência em Munique”.
Die schnelle Reaktion der Einsatzkräfte in München hat heute womöglich Grausames verhindert. Dafür bin ich ihnen sehr dankbar.
Ich sage es ganz deutlich: Antisemitismus und Islamismus haben bei uns keinen Platz.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) September 5, 2024
Segundo o governante, “algo terrível” foi evitado graças à intervenção dos agentes, que atingiram um austríaco de 18 anos que disparou várias vezes junto ao Consulado Geral de Israel em Munique.
Também a ministra da Administração Interna, Nancy Faeser, agradeceu à polícia por ter impedido um “ato terrorista” em Munique.
“A reação rápida e decisiva da polícia de Munique deteve hoje um assassino e possivelmente impediu um ato de violência terrorista. Os nossos agradecimentos e o nosso respeito aos serviços de emergência”, disse a governante, informando que falou com o embaixador israelita na Alemanha e com o seu homólogo austríaco.
“As investigações revelarão os antecedentes deste crime”, estimou.
Vários meios de comunicação social alemães noticiaram que as autoridades austríacas já tinham investigado o jovem por suspeitas de simpatia pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
As autoridades alemãs suspeitam ainda que o jovem possa ter planeado um atentado no 52.º aniversário do ataque aos Jogos Olímpicos de Munique.
O edifício do consulado israelita foi encerrado hoje em memória do massacre de Munique, ocorrido a 05 de setembro de 1972, quando membros do grupo palestiniano Setembro Negro – ligado à Organização de Libertação da Palestina – mataram dois membros da delegação israelita na aldeia olímpica e fizeram nove outros reféns, exigindo a libertação de 234 prisioneiros palestinianos.
Numa operação de resgate falhada morreram os nove reféns, um agente da polícia alemã e cinco dos sequestradores.