Tinder na mira das autoridades dos EUA
O Comité de Supervisão e Reforma da Câmara dos Representantes dos EUA está a investigar as plataformas de encontros, como o Tinder e o Bumble, por alegadamente menores e predadores sexuais estarem a utilizar estes serviços.
Durante esta semana, o Comité enviou para as empresas das plataformas várias cartas a pedir informações sobre a idade dos utilizadores, processo de verificação de informações e denúncias por violação ou utilização dos serviços por menores de idade. É ainda pedido detalhes sobre as políticas de privacidade que os utilizadores tem de aceitar para usar o serviço.
Ainda que nos EUA, a idade mínima para utilizar a Internet seja 13 anos, este tipo de plataformas exigem que os utilizadores tenham 18 anos, exactamente para evitar preocupações com os predadores sexuais.
“A nossa preocupação com a utilização de plataformas de encontros por menores cresce devido aos relatos de que muitas plataformas gratuitas permitem que predadores sexuais registados as usem, enquanto versões pagas do mesmo serviço eliminam este tipo de utilizadores”, afirma o congressista democrata Raja Krishnamoorthi, responsável pela investigação. “A protecção contra predadores sexuais não deve ser um luxo limitado aos serviços pagos”.
Esta investigação está também a averiguar os dados solicitados por este tipo de serviço para fazer a correspondência entre pessoas. Isto porque, o Comité descobriu que as plataformas partilhavam informações pessoais com empresas de tecnologia e de publicidade, numa potencial violação da legislação europeia, relativamente à privacidade dos dados.
A IAC, que detém o Match Group empresa do Tinder, foi a única a comentar esta questão, garantindo que partilha informação com outras empresas “apenas quando é considerado necessário operar na sua plataforma com aplicações de terceiros”. A empresa assegura também que cumpre toda a regulamentação norte-americana e europeia.