“Não tem capacidade para sustentar ataques em escala semelhante”: último bombardeamento maciço da Rússia à Ucrânia custou mais de mil milhão de euros, garantem especialistas

O grande bombardeamento com mísseis e drones na Ucrânia na passada segunda-feira, que matou pelo menos cinco pessoas e devastou a infraestrutura energética do país, tenha custado a Moscovo 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 1,16 mil milhões de euros).

O ataque russo, que envolveu mais de 100 mísseis e 100 drones, foi descrito por Kiev como um dos maiores lançados pela Rússia desde a sua invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. “Como a maioria dos ataques russos anteriores, este foi igualmente insidioso, mirando infraestrutura civil crítica”, denunciou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. “O setor de energia sofreu danos significativos, mas em todas as áreas afetadas por quedas de energia, o trabalho de restauração já está em andamento.”

A Rússia “lançou um ataque combinado massivo” contra a Ucrânia “usando vários tipos de mísseis aéreos, terrestres e marítimos”, descreveu o comandante da Força Aérea da Ucrânia, tenente-general Mykola Oleschuk, na passada segunda-feira. De acordo com o responsável, Moscovo usou 109 drones de ataque Shahed; 77 mísseis de cruzeiro Kh-101; três mísseis de cruzeiro Kh-22; 28 mísseis de cruzeiro lançados por submarinos Kalibr; seis mísseis balísticos Iskander-M; três mísseis aerobalísticos Kh-47M2 Kinzhal; e 10 mísseis guiados Kh-59/Kh-69.

O ataque, de acordo com a ‘Forbes Ukraine’ e a ‘Ekonmichna Pravda’, um projeto da ‘Ukrainska Pravda’, terá custado ao Kremlin entre 1,2 e 1,3 mil milhões de dólares. Um valor exorbitante, que o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), um think tank sediado nos Estados Unidos, garantiu, na sua última análise ao conflito na Ucrânia, que a Rússia “provavelmente não tem capacidade industrial de Defesa para sustentar ataques tão massivos em escala semelhante com regularidade”.

Um dos mísseis russos terá atingido uma barragem da central hidroelétrica de Kiev, o que causou receios sobre possíveis inundações. Yaroslav Trofimov, correspondente do ‘The Wall Street Journal’, fez a denúncia na rede social ‘X’, salientando que a Rússia atacou a barragem “com um míssil, atingindo-a”.

“Se a barragem se romper, milhões de pessoas rio abaixo podem morrer”, escreveu Trofimov: a central hidroelétrica de Kiev está localizada no rio Dnieper, no oblast de Kiev, a norte da capital ucraniana, e é essencial para a estabilização dos níveis de água no Reservatório de Kiev.

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