Paris celebra hoje 80º aniversário da libertação do jugo nazi
Há exatamente 80 anos, Paris foi libertado do jugo nazi, depois de seis dias a ferro e fogo, marcados por greves e confrontos armados em plena capital francesa.
Para celebrar este aniversário em grande estilo, a cidade de Paris combina homenagens e celebrações ao longo desta semana, as datas da libertação pelas forças aliadas. As comemorações serão marcadas pela passagem da chama paraolímpica este domingo, proporcionando uma oportunidade para partilhar alguns momentos maravilhosos de alegria.
Paris foi libertada pela 2ª Divisão Blindada francesa e pela 4ª Divisão de Infantaria dos Estados Unidos.
Nesses confrontos morreram quase mil combatentes da Resistência, cerca de 600 civis, 130 soldados franceses e mais de 3.000 militares alemães.
Desde 1940, a capital francesa estava ocupada pelos alemães. Tardaria até meados de agosto de 1944 para que as tropas aliadas conseguissem avançar em direção a Paris.
Desde 7 de agosto, o comandante alemão da região metropolitana de Paris era o general Von Choltitz. Do kaiser Adolf Hitler, Von Choltitz recebera carta branca para defender a cidade com todos os recursos e para destruí-la inteiramente antes de uma retirada. O general, no entanto, contrariou as ordens cada vez mais insistentes de Hitler para a destruição de Paris.
Ele solicitou ao cônsul-geral da Suécia em Paris, Raoul Nordling, que cruzasse a linha da frente e entrasse em contacto com os Aliados, a fim de apressá-los e acelerar assim a capitulação nazista.
O general Leclerc juntara-se a Charles de Gaulle e comandava então a 2ª divisão blindada francesa, que avançou rapidamente para Paris, a partir de 23 de agosto de 1944. Já no dia seguinte, companhias aliadas estavam nos subúrbios ocidentais da capital. Na tarde de 25 de agosto, o general Leclerc e o coronel Rol receberam a capitulação do general Von Choltitz, no departamento de polícia da capital francesa.
De Gaulle também chegou a Paris em 25 de agosto de 1944 e discursou à noite diante da prefeitura. Ele lembrou o sofrimento de uma Paris martirizada pela ocupação e preconizou, ao mesmo tempo, o futuro de liberdade e de autodeterminação da cidade.