Putin ia conquistar Kiev em três dias: agora, instala abrigos de betão em território russo para conter ucranianos

A Rússia começou a construção de abrigos de betão armado na região de Kursk, segundo anunciaram as autoridades russas locais esta quinta-feira, perante o avanço ousado da Ucrânia no território de Vladimir Putin.

“Hoje começámos a instalar abrigos de betão reforçado em Kursk. Seguindo as minhas instruções, a administração da cidade de Kursk identificou pontos-chave para colocar abrigos modulares de betão em lugares lotados”, referiu Aleksey Smirnov, governador em exercício de Kursk.

A incursão surpresa da Ucrânia na fronteira no início deste mês apanhou os russos de surpresa, e as forças de Kiev expandiram a sua ofensiva, capturando mais cidades e territórios com pouca resistência.

O ataque visa inclinar o campo de batalha a favor da Ucrânia — mesmo perante os avanços da Rússia na região ucraniana de Donetsk — numa guerra em grande escala instigada pelo presidente russo Vladimir Putin em fevereiro de 2022, durante a qual as suas forças inicialmente pretendiam derrubar rapidamente a liderança da Ucrânia e subjugar o país. A intenção do Kremlin era conquistar Kiev em três dias…

Mas, agora em casa, as autoridades russas planeiam equipar 60 estações principais de transportes públicos em Kursk em abrigos de betão reforçado – de acordo com Smirnov, vão ser instalados abrigos semelhantes nas cidades de Zheleznogorsk e Kurchatov na região de Kursk.

Ao mesmo tempo, foi lançado, sob o comando do major-general do exército ucraniano Eduard Moskaliov, o primeiro escritório militar ucraniano em Sudzha, dentro da Rússia, para fornecer assistência humanitária aos moradores locais e controlar corredores de evacuação – de acordo com a lei internacional, Kiev deve fornecer tal assistência aos russos nos territórios que controla.

As forças ucranianas continuam a avançar lentamente mas eficaz na região de Kursk. “Temos bons resultados, obtendo novos prisioneiros de guerra, o que significa que mais dos nossos meninos e meninas poderão regressar para casa em breve”, destacou o serviço de imprensa das forças terrestre, numa declaração na rede social ‘Telegram’.

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