Violência, amor de fachada, diamantes e mentiras. História de Castelo Branco e Betty Grafstein faz capa da revista Vanity Fair

A história de José Castelo Branco e Betty Grafstein ganhou destaque na edição de setembro da revista norte-americana Vanity Fair, que publicou um extenso artigo sobre o polémico casal que, nos últimos meses, protagonizou um mediático caso de acusação de violência doméstica.

O artigo, assinado pela jornalista Alice Hines, explora não apenas o relacionamento tumultuado entre os dois, mas também a vida e as alegações que cercam ambos, incluindo o caso de violência doméstica que tanta tinta tem feito correr.

A reportagem da Vanity Fair, intitulada “A Estranha História de Verdadeiro Amor de Lady Betty Grafstein e José Castelo Branco”, mergulha na vida dos dois, após Hines ter descoberto o casal através do TikTok no outono passado. Intrigada pelo contraste entre a imagem pública de glamour e as revelações pessoais, a jornalista decidiu investigar mais a fundo. “Quem eram esta digna velha senhora e o cisne andrógino do outro mundo, vestidos da cabeça aos pés de Chanel, perdidamente apaixonados um pelo outro e a beber champanhe em diretos pela noite dentro?” questionou Hines, conforme relatado na Vanity Fair.

O artigo detalha como Hines entrou em contacto com Castelo Branco e Grafstein, sendo convidada a tomar chá no apartamento do casal em Nova Iorque. Durante o período em que investigava a história, o casal viajou para Portugal, onde surgiram as primeiras suspeitas de violência doméstica. Betty Grafstein foi hospitalizada a 20 de abril após uma queda, o que posteriormente levou a uma investigação pelo Ministério Público e à detenção de Castelo Branco pela GNR, a 7 de maio, por suspeitas de violência doméstica. Castelo Branco foi libertado no dia seguinte com a imposição de uma pulseira eletrónica e restrições de contacto com Betty.

No artigo, Betty Grafstein revela que Castelo Branco a agredia frequentemente. “Ele dava-me murros quando eu menos esperava”, contou Betty, lembrando um episódio em que recebeu um soco na cabeça. Ajoelhada na sua própria narrativa, Betty acusa Castelo Branco de “inventar histórias” sobre ela, incluindo alegações de que ela tinha sido condecorada pela Rainha Isabel II. “O José gosta de glorificar tudo e de se exibir”, afirma Betty, que também admite ter alinhado nas histórias fantásticas por gostar da atenção.

Roger Basile, filho de Betty, também é entrevistado pela Vanity Fair. Basile desmente a narrativa pública de grande riqueza e títulos. “A minha mãe não tem um tostão!”, afirma, esclarecendo que, apesar de ter vivido bem, atualmente seus bens de valor são limitados a roupas, joias e a casa em Sintra, que o casal hipotecou. Basile descreve a história de Lady Betty Grafstein como uma “obra de ficção” criada por José Castelo Branco. Ele acrescenta que a família de Betty era de origem modesta e que seu pai adotivo, em vez de ser dono de uma revista, era um tipógrafo.

A reportagem também revela detalhes do relacionamento conturbado do casal, incluindo uma discussão que ocorreu antes da viagem para Portugal, onde José e Betty gritaram um com o outro, antes de embarcarem para a viagem. A jornalista relata que o casal parecia em desacordo constante e que a memória de Betty sobre os eventos não era clara, o que contribui para a dificuldade em acreditar em algumas de suas alegações.

Em resposta às acusações, José Castelo Branco reiterou à Vanity Fair o que tem afirmado anteriormente: nega qualquer agressão a Betty e afirma que não esteve casado com ela nos últimos 30 anos por motivos financeiros.

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