Hospital das Caldas da Rainha recusa atender grávida a sangrar e com feto morto num saco

Uma mulher de 31 anos, que sofreu um aborto espontâneo em casa, enfrentou dificuldades para ser atendida no Hospital das Caldas da Rainha.

Segundo avança a TVI, a mulher chegou ao hospital com uma hemorragia abundante e o feto em um saco, após ser assistida inicialmente pelos bombeiros. O atendimento só foi prestado após a intervenção insistente dos socorristas.

De acordo com o comandante dos Bombeiros das Caldas da Rainha, Nelson Cruz, a mulher chegou ao hospital por meios próprios e foi inicialmente aconselhada a ligar para o número de emergência 112, apesar de estar já à porta do hospital. “A situação foi classificada como grave, com a mulher apresentando uma hemorragia abundante e o feto em um saco”, relatou Cruz.

Após o contato com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), os bombeiros encontraram a mulher dentro do carro e consideraram a situação crítica. Somente 30 minutos depois, e após a pressão dos socorristas, a mulher foi admitida e assistida no hospital.

O comandante Nelson Cruz destacou que a insistência da equipa de ambulância foi crucial para que o hospital permitisse a admissão da paciente. “Felizmente, a nossa equipa de socorro teve a sensibilidade de insistir, e o hospital acabou por permitir que fosse feita a ficha de admissão e a mulher fosse recebida”, afirmou Cruz. O responsável acrescentou que, inicialmente, o hospital tinha recusado atender a mulher.

O Centro Hospitalar do Oeste, responsável pelo Hospital das Caldas da Rainha, confirmou posteriormente o atendimento à mulher. Em resposta à TVI, a instituição esclareceu que a paciente foi, de facto, assistida no hospital. No entanto, não foram fornecidos detalhes adicionais sobre os motivos que levaram à recusa inicial do atendimento.

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