Itália torna-se o primeiro país do G7 a nomear novo embaixador para a Síria

A Itália nomeou um novo embaixador na Síria para “colocar o foco” e “não dar o monopólio” da situação neste país árabe à Rússia, informou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani.

“No último Conselho de Ministros nomeámos um embaixador na Síria”, disse Tajani, durante uma audição no Parlamento italiano.

Com este passo, a Itália torna-se o primeiro país do G7 (o grupo das sete maiores economias mundiais) a repor o seu embaixador em Damasco, no regime do Presidente Bashar al Assad, que após uma longa guerra que eclodiu em 2011 recuperou o controlo da Síria com o apoio de países como a Rússia e o Irão.

Em 2012, a Itália retirou o seu principal representante diplomático da capital síria e suspendeu a sua atividade diplomática no país devido ao que descreveu como “violência inaceitável” por parte do Governo de Bashar al-Assad contra cidadãos sírios em protestos contra o regime.

De acordo com Tajani, a embaixada italiana na capital síria nunca foi encerrada, alegando que o encarregado de negócios presente no Líbano continuava a visitar ocasionalmente as instalações em Damasco.

“Com a nomeação do embaixador queremos dar um sinal, também aos nossos amigos europeus, para uma maior atenção à Síria”, explicou o chefe da diplomacia italiana.

“Colocámos em cima da mesa uma questão que não pode ser subvalorizada”, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, país que detém também a presidência rotativa do G7 em 2024.

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