Rússia retira boias luminosas da fronteira marítima com a a Estónia. UE exige explicações

Na madrugada de quinta-feira, guardas fronteiriços russos retiraram unilateralmente as boias luminosas colocadas pela Estónia no rio Narva, utilizadas para delimitar a fronteira com a Rússia. A União Europeia (UE) está a acompanhar de perto a situação, em cooperação e solidariedade com a Estónia e outros Estados-membros.

Este incidente fronteiriço faz parte de um padrão mais amplo de comportamento provocador e ações híbridas por parte da Rússia, tanto nas suas fronteiras marítimas como terrestres na região do Mar Báltico. As ações foram já consideradas inaceitáveis pela UE. O bloco europeu espera uma explicação de Moscovo sobre a retirada das boias e a sua imediata devolução.

Josep Borrell, alto representante da UE para os Assuntos Exteriores e Segurança, solicitou na quinta-feira explicações à Rússia pela retirada das boias no rio Narva, num incidente que a Estónia classificou como “incidente fronteiriço”. “Tais ações são inaceitáveis. A União Europeia espera uma explicação de Rússia sobre a retirada das boias e a sua imediata devolução”, declarou Borrell num comunicado.

Em uma conferência de imprensa em Tallinn, na quinta-feira, a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, qualificou a retirada das balizas como “um incidente fronteiriço cujas circunstâncias exatas estão a ser esclarecidas”. A Polícia e Guarda de Fronteiras da Estónia afirmou, num comunicado, que na noite de 23 de maio, a guarda fronteiriça russa retirou as boias colocadas em águas estonianas do rio Narva, utilizadas para marcar as rotas marítimas.

O incidente surge pouco depois das autoridades bálticas terem condenado como provocação um relatório que afirmava que a Rússia pretendia mudar unilateralmente a sua fronteira marítima com a Lituânia e no golfo da Finlândia, que separa a Estónia do país nórdico.

De acordo com Tallinn, as boias são colocadas no rio Narva todas as primaveras para evitar que pescadores e navegantes entrem inadvertidamente em território russo. A colocação das boias era feita de mútuo acordo entre as partes, antes da invasão russa da Ucrânia em 2022. A Polícia e Guarda de Fronteiras da Estónia irá contactar a Guarda de Fronteiras russa e pedir esclarecimentos sobre a retirada das boias e a sua devolução, acrescentaram.

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