Governo exonera mesa da Santa Casa da Misericórdia. Ana Jorge sai um ano depois de assumir cargo de provedora

O Governo decidiu avançar com a exoneração da mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), sendo que assim cairá toda a administração da instituição, assim como a provedora Ana Jorge, que tinha assumido funções há cerca do ano.

Segundo avança a SIC, o despacho que efetiva a decisão de exoneração da mesa da Santa Casa da Misericórdia será publicado entre hoje e amanhã.

Recorde-se que a instituição atravessava uma grande crise financeira, e necessitava de injeção de capital por parte do Estado, estando previsto um investimento de 40 milhões de euros.

A nova gestão apontou investimentos no estrangeiro, principalmente no Brasil, com ruinosos, levando a destituição de gestores de denúncia à justiça, após resultados preliminares de uma auditoria forense.

Por outro lado a forma como Ana Jorge, que foi ministra da Saúde de José Sócrates, tem lidado com os desafios que encontrou na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tem gerado uma onda de críticas, tendo criado problemas legais e judiciais adicionais não só em Portugal, como no Brasil.

A exoneração surge depois de o Público noticiar que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ter pedido um plano de restruturação urgente para a SCML, exigência que terá sido feita a 12 de abril, após Ana Jorge ser recebida pelos novos membros do ministério, para fazer um ponto de situação dos trabalhos da instituição.

Também o Relatório de Contas de 2023, que ainda não foi apresentado, foi exigido a Ana Jorge. Os planos do ministério indicavam um prazo de duas semanas para o plano de restruturação mas, segundo o mesmo diário, a provedora da SCML terá indicado que não conseguia cumprir a data estabelecida.

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