Espanha: desemprego atinge 24,4%
No primeiro trimestre do ano, mais 365 900 pessoas ficaram desempregadas em Espanha. A taxa de desemprego é a mais alta da União Europeia e continua a subir.
Espanha fechou 2011 com 22,9% de desempregados, um valor que aumentou nos primeiros três meses de 2012 para 24,4% e que corresponde a 5,6 milhões de pessoas sem emprego. Só na função pública, eliminaram-se 365 mil dos 630 mil postos de trabalho que o Governo previa terminar até ao final deste ano.
Aumentou também o número de famílias com todos os membros desempregados – são 1,73 milhões, mais 153,4 mil do que no final de 2011. O número de lares com todos os membros empregados diminuiu em 252,3 mil para 8,59 milhões.
Todos os sectores de actividade foram afectados e os despedimentos atingiram mais homens do que mulheres: 278 mil homens e 96 mil mulheres perderam o emprego.
Corte de dívida e aumento de impostos agravam crise espanhola
Os dados fazem parte do Inquérito à População Activa e foram apresentados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística de Espanha, no dia em que a Standard & Poor’s cortou o rating do país em dois níveis. A dívida a longo prazo foi revista em baixa, passando de A para BBB+ e tem perspectiva negativa. A dívida a curto prazo desceu de A-2 para A-1.
A agência de notação avisa que a economia espanhola “deverá deteriorar-se, num contexto de contracção da economia” e reforça o alerta deixado pelo FMI esta semana, dizendo que o Governo poderá ter de voltar a intervir na banca.
O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, anunciou hoje uma subida do imposto sobre o consumo para 2013, quebrando a promessa do Governo de Mariano Rajoy sobre o aumento do IVA.