Depósitos ou Certificados de Aforro: onde devo investir?

Desde a sua entrada em vigor no mercado, a nova série F dos Certificados de Aforro tem sido motivo de debate entre os investidores. Com uma taxa base máxima de 2,5%, esta série substituiu a anterior, a série E, que oferecia 3,5% de rendimento bruto. A série F também trouxe outras mudanças, como um prazo máximo estendido para 15 anos e uma redução significativa no prémio de permanência nos primeiros 9 anos.

No entanto, mesmo com essas alterações, os investidores têm sido hesitantes em aderir à nova série. Desde o seu lançamento, as novas subscrições diminuíram continuamente, enquanto os resgates têm superado as novas adesões. Esta tendência tem sido particularmente evidente nos últimos três meses, resultando numa redução nos investimentos nos Certificados de Aforro.

Atualmente, com as taxas de juro dos depósitos bancários em queda, surge a questão: os Certificados de Aforro representam uma alternativa viável? A resposta, por enquanto, parece ser negativa. Os depósitos bancários continuam a oferecer rendimentos mais atrativos do que os Certificados de Aforro, especialmente em prazos mais longos que permitem a mobilização antecipada.

No entanto, o cenário pode mudar nos próximos meses, dependendo da trajetória das taxas de juro. Uma possível redução na taxa de juro do Banco Central Europeu (BCE) pode afetar tanto os depósitos bancários quanto os Certificados de Aforro. É importante notar que a taxa base dos Certificados de Aforro é calculada com base na média da Euribor a três meses. Assim, uma queda significativa na Euribor poderia diminuir ainda mais os rendimentos desses certificados.

Comparando as opções disponíveis, os depósitos bancários atualmente oferecem taxas mais favoráveis, especialmente em prazos mais curtos. No entanto, para prazos mais longos, os Certificados de Aforro podem ser considerados, mas é crucial estar ciente dos potenciais impactos de futuras mudanças nas taxas de juro.

Em resumo, embora os Certificados de Aforro tenham perdido parte de sua atratividade com a introdução da nova série F, a decisão sobre onde investir deve ser cuidadosamente ponderada, levando em consideração as condições atuais do mercado e as expectativas futuras.