“A melhor maneira de uma solução pacífica é fornecer apoio militar”: NATO responde às “bandeiras brancas” do Papa Francisco

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, indicou, de forma bem clara, o seu desacordo dos comentários do Papa Francisco de que a Ucrânia deveria ter a “coragem da bandeira branca” e negociar o fim da guerra desencadeada pela invasão russa.

De acordo com o responsável pela aliança atlântica, “se quisermos uma solução negociada pacífica e duradoura, a maneira de lá chegar é fornecer apoio militar à Ucrânia”.

Em entrevista na sede da NATO, em Bruxelas, Stoltenberg garantiu que o “que acontece à volta de uma mesa de negociações está intrinsecamente ligado à força no campo de batalha”.

“Não é o momento para falar sobre a rendição dos ucranianos. Isso será uma tragédia para os ucranianos. Também será perigoso para todos nós”, referiu.

Numa entrevista à emissora suíça ‘RSI’, o Papa Francisco afirmou que, perante uma derrota, a Ucrânia deveria considerar sentar-se à mesa com a Rússia para realizar negociações de paz e não ter vergonha de sentar-se na mesma mesa para iniciar negociações de paz.

“Acho que o mais forte é aquele que olha para a situação, pensa sobre o povo e tem a coragem de usar a bandeira branca, e negoceia”, disse Francisco, acrescentando que as conversas devem ter lugar com a ajuda de potências internacionais.

“Quando se vê que está derrotado, que as coisas não estão a correr bem, você tem de ter a coragem de negociar”, salientou. “As negociações nunca são uma rendição”, acrescentou o líder da Igreja Católica, lembrando que alguns países ofereceram-se para atuar como mediadores no conflito. “Hoje, por exemplo, na guerra na Ucrânia, há muitos que querem mediar”, afirmou. “A Turquia ofereceu-se. E outros. Não tenham vergonha de negociar antes que as coisas piorem.”

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