Rússia produz quase três vezes mais munições de artilharia do que EUA e Europa juntos para fornecer a Ucrânia

A Rússia produz quase três vezes mais munições de artilharia do que os Estados Unidos e Europa, uma vantagem fundamental para o que se espera ser a nova ofensiva russa na Ucrânia, ainda em 2024. De acordo com a ‘CNN’, Moscovo produz cerca de 250 mil munições de artilharia por mês – 3 milhões por ano -, segundo estimativas da NATO. Coletivamente, os EUA e Europa têm capacidade para produzir cerca de 1,2 milhões de munições anualmente para enviar para Kiev.

Os Estados Unidos estabeleceram uma meta de produzir até 100 mil cartuchos de artilharia por mês até ao final de 2025 – menos de metade da produção mensal russa. “Estamos agora numa guerra de produção”, disse um alto funcionário da NATO ao canal televisivo. “O resultado na Ucrânia depende de como cada lado está equipado para conduzir esta guerra.”

De acordo com as autoridades, a Rússia dispara atualmente cerca de 10 mil projéteis por dia, em comparação com os apenas 2 mil diários pela Ucrânia, sendo que a proporção é pior em alguns locais da linha da frente.

Este défice surge talvez no momento mais perigoso para o esforço de guerra da Ucrânia desde que a Rússia marchou pela primeira vez sobre Kiev, em fevereiro de 2022. Kiev está a debater-se não só com munições, mas também com a crescente escassez de mão-de-obra nas linhas da frente. Segundo os analistas militares, esta guerra provavelmente será vencida ou perdida com base em quem dispara mais projéteis de artilharia. “A questão número um que estamos a observar neste momento são as munições”, disse o responsável da NATO. “São esses projéteis de artilharia, porque é aí que a Rússia realmente está a obter uma vantagem significativa de produção e uma vantagem significativa no campo de batalha.”

A Rússia administra fábricas de artilharia “24 horas por dia, 7 dias por semana”, em turnos rotativos de 12 horas, destacou o funcionário da OTAN. Cerca de 3,5 milhões de russos trabalham atualmente no sector da defesa, mais um milhão do que antes da guerra. Moscovo também importa munições: o Irão enviou pelo menos 300 mil projéteis de artilharia no ano passado – “provavelmente mais do que isso”, disse o responsável – e a Coreia do Norte forneceu pelo menos 6.700 contentores de munições contendo milhões de projéteis.

A Rússia “colocou tudo o que tem no jogo”, informou o oficial de inteligência. “A máquina de guerra deles funciona a todo o vapor.”

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