Estudante russo é condenado a pena de prisão por ter nomeado rede WiFi com slogan pró-Ucrânia

Um estudante russo foi preso por 10 dias porque nomeou a sua rede WiFi com um slogan pró-Ucrânia. Um tribunal em Moscovo considerou Oleg Tarasov culpado de espalhar propaganda e “exibição pública de símbolos nazis”, segundo informou a agência noticiosa russa ‘Ria’.

Tarasov, um estudante da Universidade Estadual de Moscovo, chamou a sua rede WiFi de “Slava Ukraini”, um popular slogan antiguerra que se traduz como “Glória à Ucrânia”.

O estudante foi preso na manhã da passada quarta-feira depois de um agente da polícia ter denunciado a rede WiFi às autoridades: a polícia fez uma inspeção ao seu quarto na residência estudantil na universidade e confiscou o seu router.

O tribunal disse que ele usou a sua rede WiFi para “promover o slogam ‘Slava Ukraini’ para um número ilimitado de utilizadores dentro do alcance do WiFi e considerou-o culpado de usar “símbolos de organizações extremistas”.

O estudante foi o último de entre milhares a ser condenado a penas de prisão por criticar o regime de Putin pela invasão da Ucrânia.

Desde o início da guerra, os russos foram proibidos de chamar o conflito de “guerra”, depois de o presidente Vladimir Putin se ter referido ao conflito como uma “operação militar especial”.

De acordo com o grupo russo de direitos humanos OVD-Info. mais de 260 pessoas na Rússia estão a cumprir penas de prisão por crimes relacionados à sua posição antiguerra. Houve mais de 20.000 detenções. Já a Amnistia Internacional salientou que mais de 21 mil pessoas foram alvo das “leis repressivas” da Rússia usadas para “reprimir os ativistas antiguerra” e disse que foram condenadas em “julgamentos profundamente injustos”.

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