“Recuar ou esperar que nos matem”: Rússia expõe defesas vulneráveis da Ucrânia e toma aldeias após queda de Avdiivka

As forças russas encetaram uma série de rápidos avanços nas linhas de defesa da Ucrânia, estabelecidas após as forças de Kiev terem retirado da importante cidade de Avdiivka. As ofensivas estão a fazer aumentar os receios sobre a solidez das táticas e dinâmicas das forças ucranianas na linha da frente, à medida que vão ‘caindo’ aldeias ucranianas nas mãos dos russos.

Desde a retirada de Avdiivka, anunciada pela Ucrânia a 17 de fevereiro, já três localidades foram tomadas pelas forças russas, ainda que Kiev insista que nunca foi sua intenção defendê-las.

No entanto, a linha defensiva para a qual disse ir recuar, para três aldeias mais a oeste, continuam sob forte ataque russo e, segundo a CNN Internacional, fontes russas adiantam já ter tomado parcialmente essas zonas. A Ucrânia, por seu lado, nega os relatos.

Este avanço russo, surge numa altura de crescente desconforto e desânimo, perante a crise de falta de munições das forças de Kiev, que já questionam se conseguem resistir aos avanços russos com o racionamento de armas.

Também o coronel-general Oleksandr Syrskyi não poupou críticas aos “erros de cálculo” e “certas deficiências” de liderança que “afetaram diretamente a sustentabilidade da defesa em certas áreas” próximas de Avdiivka.

“Não se trata tanto do impulso [russo], mas sim de estarmos mal preparados para os deter. Enquanto não tivermos posições boas e preparadas, continuaremos a retroceder”, lamenta um militar ao canal de televisão norte-americano.

“Eles avançam aos poucos. Não temos muitas opções aqui. Recuar, ou apenas esperar até que… Não importa o quão triste possa parecer… até que estejamos todos mortos. Sem armas, não dá… não é uma guerra que se possa travar com uma espada”, acrescenta outro oficial.

Nas últimas semanas contam-se largas centenas de soldados feridos na zona próxima de Avdiivka, e o pessimismo instalado ameaça agravar-se face à ofensiva esperada nesta primavera, com as dúvidas sobre o fornecimento contínuo de ajuda, por parte dos aliados ocidentais.

 

 

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