Noruega pondera construir ‘cerca à prova de javalis’ na fronteira com a Suécia devido a risco de peste suína africana

A Noruega está a analisar a construção de uma cerca ao longo da sua fronteira com a Suécia, medida que faz parte de um pacote destinado a controlar a população de javalis, após um surto de peste suína africana ter sido detetado nestes animais, na Suécia.

No plano apresentado pela autoridade de segurança e pela agência ambiental norueguesa, é proposto também o abate de 2 mil javalis, devido ao “grande perigo” que a espécie e a doença representam para a indústria da suinicultura.

Para além de uma maior monitorização das populações de javalis e impactos, os organismos recomendam um reforço na eficiência da caça a este animal, permitindo a venda de carne de javalis abatidos, e introduzindo regras para que também produtores possam implementar as suas próprias “cercas à prova de javalis”, de forma a proteger os porcos criados ao ar livre.

A cerca entre fronteiras deve-se ao facto de se estimar que a população destes animais na Suécia seja de mais de 300 mil javalis.

A Dinamarca conseguiu reduzir com sucesso a ‘praga’ de javalis, depois de istalar uma cerca na sua fronteira com a Alemanha.

A peste suína africana é uma doença viral grave que afeta javalis e porcos, mas não os seres humanos. EM agosto e setembro do ano passado, foram encontrados javalis mortos infetados com a doença em Fagersta, 145 quilómetros a noroeste de Estocolmo.

Ainda assim, Karl Ståhl, epizootiologista estatal da Suécia, afirma que atualmente há risco “zero” de peste suína na Suécia depois do último javali com teste positivo ter morrido em Setembro, acrescentando que o país não tem circulação ativa da doença.

Por seu lado, o ministro da Agricultura e Alimentação da Noruega, Geir Pollestad, manifestou preocupação no início do mês com o problema e diz que em breve serão apresentadas todas as “medidas novas e reforçadas” para reduzir ao máximo o número de javalis.

“Se tivermos surtos de peste suína na Noruega, terão grandes consequências para os envolvidos na produção de suínos, mas também colocarão grandes restrições à capacidade de caçar, às operações florestais e participação em atividades ao ar livre nas áreas afetadas pela infeção”, avisou o governante, citado pelo The Guardian.

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