Kaja Kallas: Quem é a nova “dama de ferro” da UE que entrou na ‘lista negra’ de Putin?

A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, reagiu com firmeza ao ser incluída na ‘lista negra’ de Vladimir Putin, expressando seu compromisso contínuo com o apoio à Ucrânia e a defesa do fortalecimento da segurança europeia. Ao ser colocada na lista das mais procuradas da Rússia, a governante desvalorizou: “O Kremlin espera que a sua manobra silencie a mim e a outros , mas não será esse o caso. Pelo contrário. Continuarei a prestar o meu firme apoio à Ucrânia. Continuarei a defender o reforço da defesa da Europa.”

Antes da invasão da Ucrânia, Kallas, de 46 anos, alertou repetidamente sobre a ameaça representada pela Rússia, enviando armas para Kiev já em dezembro de 2021. No entanto, muitos líderes da União Europeia (UE) ignoraram ou subestimaram esses avisos.

Desde o início da guerra em 2022, Kallas emergiu como uma das vozes mais influentes na UE e na NATO, defendendo vigorosamente o fornecimento de armas à Ucrânia e a imposição de sanções mais severas à Rússia. As suas posições valeram-lhe o apelido de “nova dama de ferro da Europa”, refletindo seu conhecimento profundo da realidade russa e sua postura inflexível em relação ao Kremlin, assinala o El Español.

Com sua habilidade comunicativa, incluindo um inglês impecável e uma forte presença nas redes sociais, Kallas conquistou popularidade e respeito em toda a UE. Tanto que, agora, é vista como a principal candidata para substituir Josep Borrell como chefe da diplomacia europeia, ainda que a própria preferisse o cargo de Secretária-Geral da NATO.

A história pessoal de Kallas também desempenha um papel importante na abordagem política. No Parlamento Europeu, relatou a história de sua família, que sobreviveu ao exílio de Estaline para a Sibéria. Seu pai, Siim Kallas, foi uma figura proeminente na independência da Estônia e serviu como primeiro-ministro e Comissário Europeu.

Desde que assumiu o cargo de primeira-ministra em 2021, Kallas aumentou significativamente os gastos com defesa, dedicando recursos específicos para assistência militar à Ucrânia. A governante defende que a segurança nacional é fundamental para a liberdade e prosperidade econômica, instando outros países europeus a seguirem o exemplo da Estónia.

Kallas enfatiza que a Rússia não mudará sua política agressiva, e a Europa deve se preparar para uma situação de segurança instável no futuro próximo. Ela acredita que o principal objetivo deve ser derrotar a agressão russa para evitar futuros conflitos e garantir a estabilidade na região.

A sua postura corajosa e desafiante perante Putin tornou-a figura central na resistência europeia à agressão russa, sendo reconhecida não apenas pelo país, mas por toda a comunidade internacional como uma líder determinada e comprometida com os valores democráticos e a segurança europeia.

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