Mísseis capazes de destruir um edifício a 500 km de distância? Conheça as novas armas da Ucrânia para os prometidos F-16

As autoridades militares da Ucrânia ‘desesperam’ pela reconstrução da Força Aérea, que praticamente se desintegrou após a invasão de Moscovo: embora compensadas as deficiências no ramo aéreo com drones – que Kiev perde aos milhares todos os meses -, a chegada dos prometidos F-16 pode mudar o decurso do conflito. No entanto, tão importante como os caças são as séries de mísseis que os vão equipar para desequilibrar a balança e permitir recuperar o território invadido.

Se o modelo do avião de combate seja claro, resta determinar que tipo de munição vão trazer: de acordo com Serhii Naev, comandante das Forças Armadas ucranianas, sabe-se apenas que “terá um alcance de entre 300 e 500 quilómetros”, realçando que também chegarão “mais pacotes de ajuda militar”.

O Governo de Kiev não especificou um tipo específico de míssil e muito menos um prazo. De acordo com o jornal ‘El Español’, o AGM-158, também conhecida como JASSM, é a única munição compatível com o F-16 que atende aos requisitos anunciados por Naev.

O AGM-158 (JASSM) é um míssil de cruzeiro ar-superfície desenvolvido na década de 1990 pela Lockheed Martin. Está operacional desde 2003 a bordo de uma ampla gama de modelos de aviões militares, tanto caças como o F-16 como bombardeiros como o B-1B Lancer.

Apesar de já ter mais de duas décadas, continua a ser um míssil chave para a projeção tática de médio e longo alcance dos Estados Unidos – principalmente graças ao desenvolvimento contínuo de novas versões que atualizaram as capacidades do míssil.

Entre as melhorias aplicadas estão o aumento da autonomia efetiva, que passou de 370 quilómetros da versão original para mais de 900 km da versão de autonomia estendida.

O JASSM foi projetado como um míssil para ser lançado longe das posições inimigas que deseja atacar e, além disso, com baixa pegada radar para que passe despercebido pelos escudos de defesa aérea.

Possui um sistema de orientação composto por GPS e outro sistema inercial independente de qualquer conectividade via satélite, que proporciona navegação em ambientes electromagneticamente comprometidos.

A ogiva de fragmentação explosiva de 450 quilogramas foi projetada para atacar qualquer tipo de implantação terrestre, sejam outros sistemas antiaéreos ou infraestruturas como edifícios. A Lockheed Martin fabricou mais de 2 mil unidades desde que entrou ao serviço e atualmente atravessa um programa de melhorias que lhe permitirá atingir até 1.900 km de autonomia.

Segundo o portal ‘War Zone’, uma das possíveis munições próxima das descritas por Kiev é o míssil AGM-84 SLAM-ER. Fabricado pela Boeing e em serviço desde 2000, possui alcance efetivo de 270 quilómetros e é compatível com o F-16. Tem uma ogiva de 360 quilos, capacidade de realizar ataques de superfície e a peculiaridade de poder ser controlada remotamente pela tripulação.

Enquanto não chegam os mísseis – e os F-16 -, Kiev viu ser confirmada a chegada das bombas guiadas GLSDB. Trata-se de uma munição desenvolvida pela americana Boeing e pela sueca Saab baseada na GBU-39 SDB, uma bomba projetada para ser lançada a partir de um avião, à qual é adicionado um motor de foguete para poder ser lançada a partir do solo.

Esta munição tem incorporado um detetor do alvo, que fornece capacidade de orientação com um alcance efetivo de 150 quilómetros. É compatível com os HIMARS e MLRS que já estão em serviço nas fileiras ucranianas e sua ogiva é composta por 16 quilos de explosivo de fragmentação

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