Apple e editoras processadas pela justiça americana
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou a Apple e as editoras Macmillan, Penguin, Hachette Book Group, Simon & Schuster e HarperCollins de combinarem os preços da venda de livros electrónicos.
Em causa está a adopção do modelo de agência para a venda dos e-books, num acordo segundo o qual a Apple recebe 30% do valor das vendas, fixado em conjunto pelas editoras. A parceria foi celebrada em Janeiro de 2010, por Steve Jobs.
A Justiça acusa estas empresas de “conspirar para acabar com a liberdade dos retalhistas de e-books para competir em termos de preços”.
Apenas a Apple, a Macmillan e a Penguin serão processadas, já que a Hachette Book Group, a Simon & Schuster e a HarperCollins entraram em acordo com a acusação.
A parceria pretendia combater os preços baixos da Amazon que, num modelo de negócio anterior, pagava às editoras e fixava os preços de venda ao público. Com esta liberdade, a Amazon lançou uma campanha de e-books a 10 dólares (incentivando a leitura no seu gadget, o Kindle), valor muito baixo quando comparado com os das edições impressas.
“Como resultado desta alegada conspiração, acreditamos que os consumidores pagaram milhões de dólares a mais por alguns dos títulos mais populares”, declarou o Procurador-geral Eric Holder.