Mulher russa condenada a prisão por usar brincos com cores do arco-íris

Uma mulher russa, na cidade de Nizhny Novgorod, foi condenada a cinco dias de prisão, acusada de exibir “símbolos extremistas”. Em causa estava o facto de estar a usar brincos que tinham as sete cores do arco-íris, que muitas vezes são associadas à luta pelos direitos das pessoas LGBTI+.

Segundo o grupo de ativistas LGBTI+ Egida, tudo aconteceu a 29 de janeiro. A arguida, Anastasia Yershova, estava num café quando foi abordada por “pessoas agressivas” que exigiram que removesse “os símbolos proibidos” das orelhas. Os símbolos em causa eram dois sapos, com um chapéu de cogumelo, pintados com as cores do arco-íris.

Um vídeo dos confrontos começou a circular nas redes sociais e, após denúncia, a mulher acabou por ser chamada para um Centro de Anti-extremismo russo, e foi prontamente detida.

No dia seguinte, um tribunal condenou-a a cinco dias de prisão, citando as determinações do Supremo Tribunal da Rússia que considera “o movimento LGBT internacional” como uma “organização extremista”.

O legislador Alexander Khinshtein, um dos autores da lei russa contra a “propaganda LGBT”, citado pelo Meduza, diz que as regras não se aplicam à proibição das sete cores “clássicas” do arco-íris, com os brincos da polémica, proibindo apenas os arco-íris “castrados”, que não incluem a cor azul-claro.

O deputado considerou a decisão judicial “muito estranha” e considerou que deve ser revertida.

O Supremo Tribunal da Rússia proibiu o “movimento LGBT” em novembro último, dando continuidade a um padrão de restrições crescentes na Rússia às expressões de orientação sexual e identidade de género.

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