Ucrânia e Rússia realizam primeira troca de prisioneiros de guerra desde acidente com avião militar
As autoridades da Rússia e da Ucrânia realizaram, esta quarta-feira, uma troca de prisioneiros de guerra, confirmada por Moscovo e Kiev. Em comunicado, o Ministério da Defesa russo indicou que “como resultado de um processo de negociação, 195 soldados russos que corriam perigo mortal no cativeiro regressaram, a 31 de janeiro, do território controlado pelo regime de Kiev. Em troca, foram entregues 195 prisioneiros de guerra das Forças Armadas ucranianas”.
“Os militares libertados serão transportados para Moscovo em aviões militares das Forças Aeroespaciais russas para receber tratamento e reabilitação em instituições médicas do Ministério da Defesa russo. Todos os libertados receberão os cuidados médicos e psicológicos necessários”, frisou o ministério.
Volodymyr Zelensky salientou, no entanto, que o número de ucranianos libertados chegou aos 207. “Os nossos estão em casa”, escreveu, na rede social ‘X’, enfatizando que “se lembra de todos aqueles que estão cativos. Soldados e civis. Todos têm de regressar. Estamos a trabalhar para isso”, apontou.
Our people are back. 207 of them. We return them home no matter what.
We remember each Ukrainian in captivity. Both warriors and civilians. We must bring all of them back. We are working on it.
The Ukrainian team has done another excellent job. Budanov, Yermak, Usov, Maliuk,… pic.twitter.com/ZNNdTz3mKO
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 31, 2024
Recorde-se que há uma semana o Governo russo denunciou a queda de um avião na região de Belgorod em que viajavam cerca de 75 pessoas, incluindo 65 ucranianos que seriam libertados. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou, esta quarta-feira, que “continuam” as investigações sobre o acidente. “Não tenho informações sobre a fase da investigação, mas posso confirmar que continua”, referiu, citado pela agência de notícias russa ‘Interfax’.
O avião, um Il-76, caiu a 24 de janeiro último perto da cidade de Yablonovo e Vladimir Putin afirmou que a aeronave foi abatida por um sistema de defesa aérea estrangeiro. Kiev negou responsabilidades e defendeu uma investigação internacional, apoiada por Moscovo.
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