Rússia está a usar arma química da I Guerra Mundial contra a Ucrânia

As forças armadas russas estarão a recorrer a armas químicas, utilizadas na I Guerra Mundial, para impulsionar a sua ofensiva no leste da Ucrânia e tentar remover os militares ucranianos das suas posições de defesa.

Os casos são referidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), depois de o coronel Oleksandr Shtupun, porta-voz do grupo militar ucraniano Tavira ter denunciado, ontem, que as forças russas “têm usado granadas K-51 com cloropicrina”, nos ataques encetados contra as tropas ucranianas.

Falamos de um composto químico que normalmente éusado na industria agrícola, devido às suas propriedades antimicrobianas, como fungicida, herbicida e inseticida. No entanto, é também usado como arma química devido aos seus efeitos irritantes.

Em particular, a cloropicrina foi muito usada na I Guerra Myndial.

“O inimigo continua a violar os costumes de guerra e a usar munições com substâncias venenosas de origem química”, criticou Shtupun, citado pelo ArmyInform.

Só ontem, foram registados cinco casos. “Provavelmente são granadas K-51 com cloropicrina. Mas cada caso é investigado separadamente, análises apropriadas são feitas e depois submetidas a instituições internacionais”, explicou.

O responsável militar explicou que este gaz é perigoso quando entra nos abrigos e trincheiras, mas recorda que o uso de máscaras de gás comuns é proteção considerada suficiente para não afetar os soldados atacados.

“A cloropicrina é usada principalmente como fumigante de solo que pode ser fatal quando inalado, e às vezes é classificado como agente de controle de distúrbios, devido aos seus efeitos nocivos e irritantes”, assinala o ISW, dando conta dos relatos, na sua mais recente análise dos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia.

Os Centros de Proteção e Controlo de oenças (CDC), indicam que se trata de um “agende químico prejudicial aos pulmões”, com um “odor intensamente irritante”. A exposição à cloropicrina pode ser “gravemente irritante para pulmões, olhos e pele.

“Quando disparado em alta concentração em uma área específica, infiltrava-se nas máscaras e criava irritação intolerável nos olhos, tosse, vômito e inflamação do trato respiratório”, explicam documentos dos EUA que detalham o seu uso durante a I Guerra Mundial.

Ler Mais





Comentários
Loading...