IVA 0: Azeite dispara 44% e curgete 36% desde que a medida chegou ao fim

O cabaz definido de produtos essenciais aos quais era aplicada a medida do IVA zero (que terminou a 4 de janeiro), registou a segunda descida consecutiva deste ano, quebrando a tendência de uma série de subidas, registadas desde final de dezembro. Segundo uma análise da Deco/Proteste ao conjunto de 41 produtos, o cabaz IVA zero desceu 2,25 euros na última semana (-1,53%), custando agora 145,34 euros.

Ainda assim, comparando com o último dia de IVA zero e até esta quarta-feira, regista-se um aumento de 3,36 euros (+2,37%) no preço do cabaz.

Segundo a análise, há produtos que subiram bem acima dos 6% de IVA (ou 13%, no caso do óleo alimentar) que voltou a ser aplicado. Por exemplo, comparando com o último dia em que vigorou a medida, a curgete aumentou 26%, o carapau 24%, o iogurte líquido 19%, o óleo alimentar 15%, o pão de forma sem côdea 11% e o leite UHT meio gordo 10%.

Entre 17 e 24 de janeiro, foram estes os produtos que mais aumentaram de preço: curgete (24%), massa esparguete (15%), iogurte líquido (14%), carapau (12%), laranja (8%), pão de forma sem côdea (5%), leite UHT meio gordo (4%), cenoura (4%), atum posta em óleo vegetal (3%) e queijo flamengo fatiado embalado (3%).

Olhando ao dia antes da entrada em vigor de medida do IVA zero, são os seguintes produtos os que mais dispararam de preço: azeite virgem extra (44%), curgete (36%), laranja (21%), alface frisada (29%) brócolos (28%), couve-flor (24%), iogurte líquido (19%), maçã gala (18%), atum posta em óleo vegetal (15%) e pão de forma sem côdea (12%).

Preço do cabaz ‘normal’ desce mais de cinco euros
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, voltou a descer, desta vez 5,11 euros, custando esta quarta-feira 235,88 euros, o valor mais baixo deste ano.

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 16,97 euros (mais 7,75%). Olhando aos valores antes do início da guerra na Ucrânia, a 23 de fevereiro de 2022 (nem há dois anos), o mesmo cabaz de produtos custa agora mais 52,25 euros do que na altura, um aumento de 28,45%.

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram: curgete (24%), massa esparguete (15%), iogurte líquido (14%), carapau (12%), laranja (8%), flocos de cereais (7%), peito de peru fatiado (7%), pão de forma sem côdea (5%), leite UHT meio gordo (4%) e cenoura (4%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 24 de janeiro deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o azeite virgem (134%), cebola (77%), polpa de tomate (73%), laranja (68&), arroz carolino (67%), carapau (62%), pescada fresca (61%), açúcar branco (57%), batata vermelha (56%) e couve-coração (55%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (38,08%, mais 16,05 euros), e na frutas e legumes 2901%, mais 6,85 euros).

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