Eleitores portugueses não querem maioria absoluta, seja ela de direita ou de esquerda, revela sondagem

Os eleitores portugueses não querem ver uma maioria absoluta, seja ela de direita ou de esquerda. Esta é a conclusão de uma sondagem da ‘Intercampus’, publicada esta quinta-feira, no ‘Jornal de Negócios’, que apontou que apenas 15,4% pede este cenário para o PS e pouco mais de 6% no caso da AD. Nesse caso, o que deve fazer os dois maiores partidos para formar Governo?

Entre os eleitores de direita, a opção que reúne mais adeptos (13,7%) é uma aliança entre a AD e o Chega, uma possibilidade que Luís Montenegro e Nuno Melo têm negado veementemente; já os eleitores de esquerda, 10,8% preferem um Governo do PS com o Bloco de Esquerda. Por último, um bloco central, entre a AD e o PS, não colhe qualquer entusiasmo: apenas 2,5% dos eleitores inquiridos mostraram-se favoráveis a esta solução.

Perante cenários concretos, os eleitores mudam de forma ligeira as respostas. Se o PS ganhar sem maioria, mas se houver uma maioria à esquerda, 46,2% dos eleitores recomendam a Pedro Nuno Santos que aposte numa aliança. Mas com quem? 47,7% concordam que seja com o BE e 54% admitem que se junte ao PNS. Já ter o PCP como parceiro é reprovada por mais de metade dos inquiridos (51%).
Se a AD ganhar, mas sem maioria, a tendência repete-se: 45,7% defendem uma aliança. A Iniciativa Liberal é a opção com mais adesão, com 51,8%. Já a hipótese –Chega “reduz o entusiasmo e só 25% dos inquiridos aceitam tal alternativa”, sublinhou a Intercampus.

A Aliança Democrática (AD) não convenceu os portugueses: 39,4% achou uma boa opção, praticamente um empate técnico com os que acreditam que não (37,2%). No entanto, mais de metade dos eleitores acredita que em coligação o PSD tem mais hipóteses de vencer as eleições de 10 de março.

Mas, olhando para a sondagem, em janeiro a AD reunia 20,8% das intenções de voto, um número inferior aos 22,5% que o PSD, sozinho, registou em dezembro.




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