Mundo corre o risco de deixar passar o prazo para um acordo sobre combate às pandemias, alerta responsável da OMS

Os países estão em risco de deixar passar o prazo de maio para chegar a um acordo sobre um tratado juridicamente vinculativo de combate a pandemias, o que seria um grande golpe para as gerações futuras, alertou esta segunda-feira Tedros Adhanom Ghebreyesys.

O novo pacto, assim como diversas atualizações às regras existentes para lidar com pandemias, destina-se a reforçar as medidas mundiais contra novos agentes patogénicos depois da pandemia da Covid-19, que causou a morte de mais de 7 milhões de pessoas, segundo dados da OMS.

“Preocupa-me que os Estados-membros possam não cumprir esse compromisso e há várias questões pendentes que continuam por resolver”, alertou o diretor-geral da OMS, num discurso na reunião do Conselho Executivo da agência global de saúde, em Genebra. “Na minha opinião, o fracasso na entrega do acordo sobre a pandemia e das alterações do RSI (Regulamento Sanitário Internacional) será uma oportunidade perdida pela qual as gerações futuras poderão não nos perdoar”, disse.

Apenas numa ocasião, nos 75 anos de história da organização, a OMS conseguiu chegar a acordo sobre tal acordo, e foi um tratado de controlo do tabaco em 2003. As negociações deste tipo costumam demorar sete anos, apontou Roland Driece, copresidente do grupo que negocia o acordo, e ainda só passaram dois anos.






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