Guerra na Ucrânia: Parlamento ucraniano rejeita projeto de lei que impõe sanções a quem fugir ao recrutamento

O Parlamento ucraniano recusou-se a considerar um projeto de lei de recrutamento que propõe uma repressão a quem fugir ao serviço militar: alguns deputados consideraram certas medidas punitivas incluídas no projeto como inconstitucionais – houve também quem sugerisse reduzir o tempo de serviço proposto de 36 para 18 meses.

O projeto de lei foi elaborado numa tentativa do Governo de recrutar mais pessoas para a linha da frente, já que Kiev enfrenta problemas no campo de batalha após quase dois anos de guerra com a Rússia: também incluiu planos para reduzir a idade em que os homens podem ser recrutados para as forças armadas de 27 para 25 anos.

De acordo com Volodymyr Zelensky, são necessários entre 450 e 500 mil soldados extras para combater a invasão russa.

No entanto, algumas cláusulas do projeto de lei causaram indignação, como a limitação dos direitos dos que evitam o recrutamento de possuir propriedades e usar livremente o seu dinheiro pessoal. O projeto também permitiria que os ucranianos fossem convocados eletronicamente para ingressar nas forças armadas – no início do conflito, dezenas de milhares de homens voluntariaram-se para combater, mas passados quase dois anos está a tornar-se cada vez mais difícil encontrar elementos.

Em dezembro último, os ucranianos que viviam no estrangeiro foram informados de que poderiam ser convidados a prestar serviço militar: o ministro da Defesa, Rustem Umerov, descreveu como um convite, tendo esclarecido depois que não implicava sanções contra aqueles que se recusassem a regressar.






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