António Mexia está de volta. Ex-CEO da EDP já pode integrar empresas de energia em 2024
O antigo CEO da EDP, António Mexia, está de volta e já pode voltar a ocupar cargos em empresas de energia este ano.
Mexia foi arguido por suspeitas de corrupção ativa e participação económica em negócio, e este ano deixa de receber 800 mil euros da EDP, correspondentes à “obrigação de não concorrência”, podendo assim voltar a trabalhar em empresas da energia.
Numa intervenção no Taguspark, revelou que tem dado diversas palestras, mas não adiantou os seus planos para o futuro, revela o ‘Negócios’.
Durante a apresentação, Mexia afirmou que continuam a existir “algumas tribos antigas” no setor da energia em Portugal, que ainda “lutam” contra a ideia de que o futuro do setor tem de passar por uma solução com muitos intervenientes diferentes e ações urgentes, e que há “ausência de abertura”.
O executivo deixou o cargo de CEO da EDP em julho de 2020 na sequência do ‘processo dos CMEC’ (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual, uma das rendas do setor da energia).
À data, António Mexia considerou que a decisão de deixar a liderança da empresa foi a “mais difícil” da vida profissional, sobretudo por resultar de “um contexto de incompreensível injustiça”.
Numa carta dirigida ao presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Luís Amado, e ao presidente da mesa da assembleia-geral, Palha da Silva, António Mexia começa por dizer que “há decisões difíceis na vida e esta é uma delas” e, na última de quatro páginas, conclui que “é a mais difícil” acima de tudo por resultar de um contexto de incompreensível injustiça”.