Provas de aferição e exames do 9º ano vão ser realizados por computador neste ano letivo, garante ministro
As provas de aferição, tal como no ano letivo 2022/23, vão ser feitas através de computador: primeiro serão os alunos do secundário, depois os estudantes do 2º, 5º, 8º e 9º anos que vão cumprir o exame nesse formato. João Costa, ministro da Educação, deixou a confirmação esta terça-feira ao jornal ‘Expresso’, salientando que há condições para se avançar para os exames nacionais.
As provas de aferição dos alunos do 2º ano (que, com os do 5 e 8º anos, não contam para a nota final) suscitaram dúvidas entre pais e professores, preocupados que, com este formato digital, estes se atrapalhassem a escrever no teclado. No entanto, João Costa garantiu que não foi detetado qualquer efeito sobre os resultados pelo facto de as provas terem sido feitas em formato digital.
O Ministério da Educação pediu uma avaliação do Instituto de Avaliação Educativa – responsável pela aplicação de todos os testes nacionais e internacionais -, que revelou que não foram encontrados “efeitos de modo” nem entre provas nem entre itens, revelou o ministro, ou seja, não houve impacto nos resultados por terem sido realizadas em formato digital.
Os exames nacionais do 9º ano de Matemática e Português reúnem todas as condições técnicas para se avançar com a desmaterialização generalizada das provas – a medida foi testada por algumas escolas no último ano letivo e vai ser agora universalizada: “Além das verbas que temos para investimento no parque informático das escolas, pedimos ao IAVE que explicitasse junto das escolas as várias formas em que os testes em computador podem ser realizados – em modo offline, por exemplo – e que fazem diminuir os riscos de algum constrangimento técnico. E os alunos já estão familiarizados com as provas em computador, pois realizaram a aferição dessa forma no 8º ano”, indicou.
Sobre os exames nacionais do secundário, João Costa explicou que durante este ano letivo vão ser disponibilizadas a todas as escolas provas-modelo e perguntas a realizar em computador. A ideia inicial seria realizar uma experiência piloto com algumas escolas e turmas, mas o Ministério optou por um modelo diferente, em que todos os alunos vão poder familiarizar-se com o que serão as futuras provas digitais e as plataformas onde vão ser realizados.
Estes testes servirão também para “monitorizar variáveis como o tempo que é necessário para a resolução de diferentes itens em função do formato digital ou papel”, acrescentou João Costa.