Polícia russa detém mais de 3 mil migrantes e obriga-os a juntarem-se ao Exército

A polícia de São Petersburgo, na Rússia, deteve pelo menos 3 mil migrantes nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, tendo pressionado os homens dos grupos a juntarem-se ao Exército russo para irem combater para a Ucrânia.

O caso é relatado pelo jornal local Fontanka, mas a Novaya Gazeta relata um “número muito maior” de migrantes detidos nos últimos dias, e que incluem também mulheres e crianças.

O mesmo jornal adianta que os homens detidos são levados para esquadras e as mulheres e crianças para centros especiais de detenção.

As detenções foram feitas no âmbito de uma grande operação da polícia russa, que incluiu cordões de segurança, buscas e rusgas em apartamentos e ruas da cidade de São Petersburgo.

A 1 de janeiro, responsáveis dos centros de recrutamento militar dirigiram-se às esquadras e, de acordo com o Novaya Gazeta, ofereceram-lhes a hipótese de se juntarem “como voluntários” ao Exército russo. Caso negassem eram ameaçados com deportação, a própria e a dos outros elementos da mesma família detidos.

Aos que não tinham cidadania russa foi também oferecida naturalização em processo rápido, caso se juntassem como militares. As informações avançadas dão conta de que pelo menos 1500 homens migrantes juntaram-se desta forma ao Exército de Putin.

Em comunicado, o Ministério Público de São Petersburgo comunicou, sobre as detenções, que 31 pessoas foram acusadas de crimes relacionados com a violação de leis migratórias. Duas foram libertadas, outras duas multadas e 27 acabaram deportadas.

Nos últimos meses, recorda o jornal Meduza, as autoridades russas têm estado a oferecer a migrantes de Países da Ásia Central a cidadania russa de forma rápida, a troco de assinatura de um contrato com o Ministério da defesa.

Também se multiplicam os relatos de migrantes com cidadania russa que são detidos em operações, e depois levados para centros de recrutamento militar.

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