“Estamos a preparar surpresas”: Espiões ucranianos prometem atacar Rússia “com uma agulha mesmo no coração”

Os espiões do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) vão intensificar as operações e condução de golpes de sabotagem em território controlado pela Rússia, com o objetivo de levar a guerra o mais próximo possível do Kremlin.

Quem o diz é o Major-general Vasyl Malyuk, o responsável máximo do SBU. “Não podemos divulgar os nossos planos. Devem continuar a ser um choque para o inimigo. Estamos a preparar surpresas”, começa por dizer Malyuk em entrevista ao Politico.

O responsável diz que os militares russos “devem compreender que não será possível esconderem-se”. “Encontraremos o inimigo em todos os lugares”, sustenta o líder dos espiões ucranianos.

Sem adiantar detalhes, é provável que o SBU continue a ter como principais alvos infraestruturas logísticas e meios militares russos em território ucraniano ocupado, mas também ataques contra o inimigo do outro aldo da fronteira.

“Estamos sempre em busca de novas soluções. O algodão vai continuar a queimar”, disse, fazendo um trocadilho com a mesma palavra que significa ‘explosão’ e algodão’ em russo.

O responsável explica qual o modo de atuação que continuará a ser encetado pelo SBU.

“O SBU realiza ataques cirurgicamente direcionados. Apunhalamos o inimigo com uma agulha, bem no coração. Cada uma de nossas operações especiais persegue um objetivo específico e dá seu resultado. Tudo isso em conjunto complica as capacidades da Federação Russa para travar a guerra e aproxima a nossa vitória”, aponta.

A Crimeia e o Mar Negro serão principais áreas de foco das ações de espionagem ucranianas. O drone ‘Sea Baby’, capaz de carregar 850 quilos de explosivos, será um ‘aliado’ de peso neste objetivo de ‘desfalcar’ a frota russa no Mar Negro, tendo já sido usado para atacar a ponte que liga a península da Crimeia à Rússia continental, em julho.

“Esta é a nossa terra e usaremos todos os métodos possíveis para libertá-la dos ocupantes”, avisa Malyuk.

No que respeita a ataques em território russo, o SBU diz que se concentra em alvos usados para fins militares, como corredores para fornecimento de armas (exemplo do túnel ferroviário na Sibéria que foi atingido), mas também navios de guerra e bases militares.

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