Sondagem: Crise política penaliza PS e PSD, mas socialistas lideram intenções de voto. Chega e Bloco em subida

Em plena crise política, com a demissão de António Costa no âmbito das investigações da Operação Influencer, e com eleições antecipadas convocadas para 10 de março do ano que vem, se a escolha fosse feita hoje, seria o PS o partido com mais votos.

Segundo a mais recente sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios, PS e PSD são ‘castigados’ nas intenções de voto e caem face ao mês anterior, respetivamente, 1,6 e 3,8 pontos percentuais. Ainda assim, quando nos meses anteriores, na mesma sondagem, se mantinha o empate técnico, agora o PS ‘descola’ e alcança 23,6% das intenções de voto.

O PSD passa, entre outubro e novembro, de 25,7% para 21,9% das preferências dos inquiridos.

Por outro lado, os extremos do Parlamento, à esquerda e à direita, capitalizam as perdas do PS e PSD. O Chega atinge 13,5% das intenções de voto (11,7% em outubro) e o Bloco de Esquerda passa de 6,7% para 9,5%, sendo o partido a registar maior subida.

O PAN e o Livre registam também subidas este mês, para 4,4% e 3% das intenções de voto, conseguindo o primeiro partido ultrapassar a CDU (3,2%).

A mesma sondagem apurou que mais de 7% dos portugueses estão ‘indecisos’.

Olhando à imagem dos líderes partidários, nenhum tem nota positiva (todos abaixo de 3, numa escala de 1 a 5), com Inês Sousa real a chegar aos primeiros lugares, atingindo 2,8 pontos, o mesmo que Rui Rocha (IL), Mariana Mortágua (BE) e Rui Tavares (Livre).

Por outro lado, quanto à imagem das instituições, a crise política parece ter penalizado mais Marcelo Rebelo de Sousa do que António Costa: O Presidente da República desceu para uma avaliação média de 2,9 pontos, enquanto Assembleia da República (2,7), primeiro-ministro (2,4) e Governo (2,3) mantiveram as avaliações, segundo a sondagem.

O ministro melhor avaliado pelos portugueses é José Luís Carneiro, enquanto João Galamba, que pediu a demissão e entretanto saiu do Governo, é considerado o pior, com avaliação negativa para 47% dos inquiridos.

Praticamente metade (46%) dos portugueses inquiridos considera que a carreira política de António Costa ainda não acabou (42% dizem que sim), sendo que a maioria (68%) considera mais provável que o primeiro-ministro demissionário venha a ocupar um cargo importante na Europa.

 

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