Rússia acumula mais de 800 mísseis de precisão para ataques cirúrgicos às infraestruturas de energia ucranianas este inverno

A Rússia terá acumulado cerca de 800 mísseis de precisão nos últimos oito meses, segundo alertou o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, em declarações à rádio ucraniana ‘NV’. “Há dois meses e meio, a Direção Principal de Inteligência (HUR) dos militares ucranianos forneceu-nos informações sobre 600 mísseis, indicando que a Rússia tem uma capacidade de produção aproximada de 100 mísseis por mês”, referiu o responsável.

“Avançando dois meses, a contagem atual é de 800 mísseis e mais alguns. Notavelmente, nestes dois meses registaram uma baixa intensidade de utilização de mísseis. Durante este período, foram implantados os mísseis Kalir e Iskander-K mas os mísseis Kh-101 e Kh-55 estiveram notavelmente ausentes”, precisou Ihnat, que recordou que a Rússia, em 2022, lançou cerca de mil mísseis de cruzeiro contra a Ucrânia. No ano transato, as forças russas atingiram duramente no inverno diversas infraestruturas críticas de energia da Ucrânia.

“[Os russos] tinham uma quantidade significativamente maior no ano passado do que agora. Isso não se aplica aos mísseis S-300 ou mísseis de aviação (Kh-59 e Kh-32), Oniks e por aí adiante. Aplica-se aos mísseis que discutimos atualmente”, frisou.

Andriy Yusov, no início de setembro, representante do HUR, salientou que os ocupantes russos produziam mensalmente dezenas de mísseis de cruzeiro, incluindo o Kalibr e um número menor de mísseis do tipo Iskander.

De acordo com a publicação americana ‘The New York Times’, a Rússia conseguiu adaptar-se às sanções ocidentais e aos controlos de exportação e está a conseguir agora fabricar mais mísseis do que antes da invasão em grande escala contra a Ucrânia.






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