IVA 0: Cabaz dispara quase dois euros esta semana. Do iogurte líquido ao carapau, veja os produtos que ficaram mais caros
O cabaz de 41 alimentos com IVA zero monitorizado pela DECO Proteste subiu de preço esta semana, face à anterior, tendo ficado quase dois euros mais caro. Esta quarta-feira, custava mais (1,44%) do que na semana passada, isto depois de ter descido 0,57 euros euros na semana anterior. Desde o início do ano, a redução verificada é de 1,21 euros (-0,95%) e desde a entrada em vigor da medida é de 3,83 euros (-2,76%).
Mas nem todos os produtos abrangidos pela medida estão mais baratos. Entre os produtos que ficaram mais caros nos últimos seis meses estão: brócolos (55%), laranja (51%), azeite virgem extra (33%), iogurte líquido (20%) ou couve-flor (10%).
Iogurte líquido dispara 20%, carapau 13%. São os ‘campeões’ de aumento esta semana
Na última semana, entre 18 e 25 de outubro, foram os seguintes produtos os que registaram a maior subida percentual no cabaz IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE: iogurte líquido (20%), carapau (13%), atum posta em óleo vegetal (11%), azeite virgem extra (11%), dourada (9%), febras de porco (7%), óleo alimentar (5%), tomate chuca (5%), alface frisada (4%) e queijo curado fatiado embalado (4%).
Ervilhas, bacalhau graúdo e curgete lideram descidas na última semana
De acordo com a análise da Deco/Proteste, os 10 produtos que mais reduziram de preço na última semana são as ervilhas congeladas (8%), o bacalhau graúdo (7%), a curgete (5%), a pescada fresca (4%), a batata vermelha (4%), a massa esparguete (4%), o leite UHT meio gordo (3%), o queijo flamengo fatiado embalado (3%), o arroz carolino (3%)e o lombo de porco sem osso (3%).
Recorde-se que a isenção do IVA em mais de 40 alimentos resulta de um acordo assinado a 27 de março entre o Governo, o retalho alimentar e a produção agroalimentar. A medida visa mitigar os efeitos dos aumentos de preços dos bens alimentares e está em vigor até final deste ano, após ter sido estendida pelo Governo a 7 de setembro (estava previsto o final da medida a 31 de outubro).
A lista de produtos que têm agora IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde. Inclui os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal, de acordo com a informação disponibilizada pela associação que representa as empresas de distribuição alimentar.
Preço do cabaz ‘normal’ também subiu: 1,39 euros
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, que na semana passada subiu 0,18 euros, voltou a aumentar de preço esta semana. Custa agora 222,12 euros, mais 1,39 euros.
Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 11,30 euros (mais 5,36%).
Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram o iogurte líquido morango (20%), o carapau (13%), o atum posta em óleo vegetal (11%), o azeite virgem extra (11%), a dourada (9%), a febra de porco (7%), o óleo alimentar 100% vegetal (5%), os medalhões de pescada (5%), a couve-coração (5%) e o tomate (5%).
Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 18 de outubro deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o azeite virgem (69%), a laranja (56%), as salsichas frankfurt (35%,), os flocos de cereais (31%), os brócolos (27%9, a cebola (27%), a polpa de tomate (25%), os cereais (22%), a perca 817%) e o peito de peru fatiado (17%).
Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (34,58%, mais 14,57 euros), e na carne (21,63%, mais 6,97 euros).