Bolsa de Lisboa em alta com Jerónimo Martins a subir mais de 5%
A bolsa de Lisboa estava hoje em alta, com as ações da Jerónimo Martins a subirem 5,46% para 21,06 euros, depois de ter anunciado um aumento de 33,3% dos resultados líquidos atribuíveis até setembro.
Cerca das 09:10 em Lisboa, o PSI avançava 0,98% para 6.109,70 pontos, com a cotação de 11 ‘papéis’ a subirem e cinco a descer.
Na quarta-feira, a Jerónimo Martins anunciou, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que registou, nos primeiros nove meses deste ano, resultados líquidos atribuíveis de 558 milhões de euros, um aumento de 33,3% em termos homólogos.
As vendas da dona do Pingo Doce aumentaram 22,1% até setembro para 22,5 mil milhões de euros, indicou, tendo o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) crescido 18% para 1,6 mil milhões de euros.
A empresa destacou que o seu programa de investimentos, executado nos primeiros nove meses do ano, ascendeu a 790 milhões de euros, dos quais cerca de 44% investidos na Biedronka.
Às ações da Jerónimo Martins seguiam-se as da Navigator, Altri e Galp, que se valorizavam 2,89% para 3,64 euros, 1,52% para 4,41 euros e 0,66% para 14,45 euros.
As ações da EDP e dos CTT subiam 0,45% para 3,82 euros e 0,43% para 3,48 euros.
Também a avançar estavam as ações da REN, Greenvolt e NOS, que se valorizavam todas 0,41% respetivamente para 2,43 euros, 6,09 euros e 3,42 euros.
As outras duas ações que subiam, a Ibersol e Sonae, registavam acréscimos de 0,30% para 6,62 euros e 0,22% para 0,92 euros.
Em sentido contrário, as ações do BCP, Mota-Engil e Semapa desciam 0,76% para 0,27 euros, 0,68% para 2,93 euros e 0,15% para 13,32 euros.
As ações da Corticeira Amorim e EDP Renováveis baixavam 0,11% para 8,99 euros e 0,03% para 14,66 euros.
As principais bolsas europeias estavam hoje em baixa, num dia repleto de notícias importantes, como as decisões sobre as taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e os resultados das empresas.
Em grande parte da Ásia, o Nikkei de Tóquio caía ao início da manhã, com quedas de mais de 2%.
Isto enquanto se espera pela reunião do BCE, que os analistas estimam que deixe as taxas de juro inalteradas pela primeira vez, após mais de um ano de subidas.
Após as decisões sobre as taxas do BCE, serão publicados os dados preliminares do PIB do terceiro trimestre nos EUA, que deverá crescer mais de 4%, podendo deixar a porta aberta a novas subidas de taxas por parte da Reserva Federal dos EUA (Fed).
Neste contexto, no mercado da dívida, os juros das obrigações soberanas dos EUA a dez anos subiram.
Do outro lado do Atlântico, a bolsa de Wall Street fechou em baixa, sobretudo o Nasdaq, afetado pelas quedas de algumas empresas, como a Alphabet, após a publicação de resultados, e pela forte subida dos rendimentos da dívida.
No mercado das matérias-primas, o Brent, o petróleo de referência na Europa, estava a descer 0,63% para 89,56 dólares.
O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro fechou na quarta-feira a cotar-se a 90,13 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres.
A nível cambial, o euro abriu a desvalorizar-se no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0544 dólares, contra 1,0575 dólares na quarta-feira e 1,0462 dólares em 03 de outubro, um mínimo desde dezembro de 2022.