Teletrabalho em Londres custa à Meta mais de 170 milhões de euros
Se houve algo de positivo da pandemia da Covid-19, a maioria das pessoas concordaria ter sido a opção pelo teletrabalho: muitos funcionários viram que era possível fazer o trabalho a partir de casa e ao mesmo tempo ganhavam tempo para si, ao eliminar por exemplo o tempo de deslocação entre casa e trabalho.
No geral, sustentou esta sexta-feira o jornal espanhol ‘El Economista’, o teletrabalho ofereceu uma forma mais equitativa de equilibrar a vida profissional e pessoal. Tornou-se por isso uma modalidade preferida de muitas pessoas, embora não seja tanto para muitas empresas, uma vez que a maioria obrigou os trabalhadores a regressar ao escritório.
Isto porque existe a perceção de que as pessoas não trabalham da mesma forma em casa, embora vários estudos apresentem conclusões contrárias. Houve diversas empresas que convenceram os seus trabalhadores a regressar ao formato presencial mas há outras que têm tido maiores dificuldades: no caso da Meta, por exemplo, a empresa-mãe do Facebook viu-se com uma fatura de cerca de 172 milhões de euros devido à sede da Meta em Londres devido ao teletrabalho.
Este foi o valor que a Meta teve de pagar para antecipar o fim do arrendamento dos escritórios próximos de Regent Park, isto porque os funcionários recusaram-se a deslocar-se ao escritório: para reduzir os custos, a Meta teve de chegar a acordo com o proprietário para acabar com um contrato que ainda se estendia por 18 anos.
A Meta chegou a um acordo com a British Land, proprietária do prédio, para pagar o equivalente a sete anos de renda: não é incomum na empresa – fez o mesmo nos seus escritórios em Nova Iorque e paralisou o projeto de expansão dos seus escritórios em Austin, no Texas, em 2022.
De acordo com os dados financeiros da Meta, foram gastos mais de 3.550 milhões de dólares no processo de reestruturação apenas em instalações, sendo que o total de gastos em reestruturação foi de 5.410 milhões de dólares.