Regresso às Aulas: Encarregados de educação não querem ensino remoto e apenas 6% quer ensino 100% digital em 2033, aponta estudo

O ensino digital e remoto está muito longe das preferências dos encarregados de educação em Portugal, de acordo com as conclusões de um estudo da ‘ConsumerChoice’, no qual analisa as tendências de consumo no regresso às aulas, bem como as perceções e expectativas dos encarregados de educação sobre o futuro do ensino.

Segundo as conclusões do estudo, existem expectativas de um ensino mais digital, mas com a continuidade do formato presencial. Já 19% vivem o regresso às aulas com ansiedade e muitos identificam a falta de tempo para brincar (12%) e o excesso de trabalhos de casa (19%) como desafios atuais das crianças.

Em relação ao tipo de ensino que desejam para 2033, apenas 6% dos encarregados de educação gostaria que este fosse 100% digital e ninguém (0%) deseja o ensino remoto. Há ainda 30% que gostaria que houvesse mais foco na criatividade e resolução de problemas, 16% espera que haja uma abordagem mais personalizada, 15% gostaria que fosse mais prático e menos teórico (comparado com o atual) e 12% refere um maior destaque nas capacidades socio-emocionais.

Devido ao crescente uso de tecnologia e inteligência artificial, 23% dos consumidores acredita que os dispositivos eletrónicos serão o maior investimento no regresso às aulas daqui a 10 anos, com 18% a achar que irá gastar mais em licenças de software educacional e 13% em livros digitais interativos.

Apesar de a maior parte dos consumidores revelar que o regresso às aulas é sentido com entusiasmo (33%), há também quem associe esta época a ansiedade (19%) e a stress (12%). Para os encarregados de educação, as principais dificuldades vividas pelos alunos atualmente são a sobrecarga de trabalhos de casa (19%), o método de ensino em vigor (15%), o pouco tempo livre para brincarem (12%) e o programa curricular (10%).

Por último, os principais desafios dos professores, percecionados pelos encarregados de educação, são o tamanho das turmas (18%), os desafios na gestão do comportamento dos alunos em sala de aula (16%) e as dificuldades associadas com a progressão de carreira e salarial (16%).

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