Regresso às aulas é desafio financeiro para as famílias: mais de metade dos encarregados de educação pretende gastar entre 50 a 100 euros, aponta estudo

Com a chegada de setembro, que marca também o regresso às aulas, a ConsumerChoice lançou um estudo no qual analisa as tendências de consumo neste período. Segundo o estudo, o preço é o fator que mais influencia a compra de material escolar (31%), com as compras a serem realizadas maioritariamente em hiper e supermercados (48%).

Para 30% dos consumidores, o orçamento para o regresso às aulas é de 76 a 100 euros por criança: 23% planeia gastar um pouco menos, entre 51 a 75 euros por criança e 21% apenas pretende gastar até 50 euros por criança. Para poupar, 43% dos inquiridos pretende reutilizar os materiais do ano passado e 31% revela que irá procurar promoções e descontos. Quase a totalidade (93%) planeia pagar as compras com o cartão de débito ou em dinheiro.

Em relação aos produtos mais procurados para o regresso às aulas, estes estão relacionados com material escolar e papelaria (36%), calçado (19%), mochilas e sacos (17%) e vestuário (16%). Apenas 5% afirma estar a planear comprar produtos eletrónicos como tablets ou portáteis. No entanto, devido ao crescente uso de tecnologia e inteligência artificial, 23% dos consumidores acredita que os dispositivos eletrónicos serão o maior investimento no regresso às alas daqui a 10 anos, com 18% a achar que irá gastar mais em licenças de software educacional e 13% em livros digitais interativos.

O preço é o principal fator que influência a decisão de onde comprar os produtos (31%). Mas a qualidade dos mesmos também influencia 22% dos inquiridos. Já a procura por descontos, atrai cerca de 19% dos consumidores. Os hiper e supermercados são o local eleito para comprar produtos relacionados com papelaria, material escolar, mochilas e sacos (48%). Os participantes também recorrem a lojas especializadas (24%) e a comércio local como papelarias de bairro (22%).

No momento das despesas, 93% dos encarregados de educação fala abertamente com as crianças sobre os custos associados às compras do regresso escolar e afirma que as crianças estão envolvidas no processo de decisão e compra: 58% dos encarregados de educação escolhe os artigos juntamente com as crianças e 26% deixa as crianças escolherem sozinhas, indicando-lhes um valor pré-definido.

Além da gratuitidade dos manuais escolares no ensino público, mais de metade dos inquiridos gostaria que o Governo desse também apoio à compra de material escolar. Em relação a outras medidas adicionais, as respostas dos inquiridos focam-se em vouchers a ser utilizado em determinadas lojas e superfícies comerciais, redução do IVA nestes artigos e uma maior dedução de IRS nestes produtos. Almoços gratuitos foram também indicados, assim como a disponibilização de fichas e cadernos de atividades gratuitos.

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