Ensaio. Mazda CX-60 Inline6 e-skyactive D 200cv 8AT: marca avança no segmento premium

A Mazda tem feito a renovação da sua gama, apostando em modelos já preparados para a nova era de eletrificação e, de todos, tenho retido a qualidade de construção, dos materiais e um comportamento muito interessante.

Desta vez a marca quis tentar aproximar-se do segmento premium e, por isso, com imensos cuidados, procurou desbravar esse novo caminho com este modelo.

O CX-60 nesta versão inline 6 não segue a indústria automóvel pois lança um 3.3 l, seis cilindros a diesel com uma caixa automática de oito velocidades, quando por regra vemos um downsizing nos motores e no número de cilindros.

Esta aposta visa uma diferenciação que começa por aqui mas que se estende, por exemplo, ao desenho extremamente diferenciador, assente em linhas bem definidas e esculpidas que transmitem robustez mas também desportividade ao conjunto. A traseira apresenta o portão traseiro típico, mas com uma assinatura luminosa na horizontal que ajuda a potenciar a sensação de largura do modelo (e de facto ele é largo!).

A zona lateral apresenta-se com pouca superfície vidrada que transmite imponência. A dianteira é porventura a zona mais diferenciadora pois conta com pronunciados parachoques e um enorme grelha a negro em formato favos de mel de cor que, juntamente com a assinatura luminosa em led transmite um belo efeito visual.

Visto de qualquer ângulo, este SUV possui linhas imponentes e atraentes, o que pode ajudar a imiscuir-se no segmento onde a marca o pretende colocar.

O interior assenta em princípios que a marca valoriza muito – como sejam, a simbiose entre a máquina e o ser humano – e, para esta aproximação ao segmento superior a Mazda tinha de lutar com um produto de qualidade, robusto e, foi isso mesmo que fez e, que se nota, assim que acedemos ao interior.

Existe uma grande preocupação com os detalhes, com muitos plásticos moldes em todo habitáculo, muita pele, uma ergonomia muito bem conseguida, volante com a pega correta e de boa dimensão. O sistema de som fica a cargo da Bose e encontramos também vários elementos em alumínio nas portas e na consola central. O desenho do tablier segue uma linha estilística minimalista de traço corrido com o ecrã central embutido no tablier. Como habitualmente não é touch, remetendo a sua utilização num conjunto de botões situados na consola central.

Sentimo-nos no CX-60 bem acomodados, com espaço seja à frente como atrás mais que suficiente para cinco adultos. É importante referir, além da boa ergonomia, a usabilidade das soluções que a Mazda apresenta seja o volante, tablier e consola central.

Quando se liga o motor de seis cilindros sentimos o prazer da sonoridade de uma unidade destas, algo que não encontramos nos elétricos!!! Também por esse motivo, os 200 CV que apresenta juntamente com o binário disponível surgem muito cedo o que lhe permite, mesmo sendo um SUV pesado, uma rapidez que apraz registar.

O CX 60 é um veículo com um bom comportamento, mas convém não esquecer que é muito comprido e largo, o que obriga a fazer algumas contas principalmente em estrada nacional. Mesmo com um bom comportamento convém não esquecer este é um modelo pesado e com um centro de gravidade alto e, por isso, obriga a ter mais atenção em determinadas situações pois também é um verdadeiro tração traseira com 200 cavalos e com uma afinação confortável mas desportiva (o que lhe permite alguma folga das ajudas eletrônicas).

É uma viatura confortável que permite grandes viagens sendo que o consumo se situa muito perto dos 6,8 l – valores muito interessantes – com preços a começar nos €66.000 até a versão mais exclusiva com €73.000.

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