Incêndios: “Ainda não é necessário decretar a situação de alerta”, garante secretária de Estado da Proteção Civil. Mas tudo pode mudar “a qualquer momento”

Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Proteção Civil, voltou a sublinhar que, de momento, não é necessário decretar a situação de alerta devido aos incêndios em Portugal, particularmente em relação ao fogo que lavra em Odemira desde segunda-feira. Em declarações à SIC Notícias, a governante assegurou que “ainda não é necessário decretar a situação de alerta”.

A responsável assegurou que “todo o trabalho que está a ser feito no terreno e pela Proteção Civil” com um grande objetivo: “evitar que o incêndio entre na serra de Monchique”. Patrícia Gaspar sublinhou que a noite que passou seria “decisiva”.

Ontem à noite, Patrícia Gaspar realçou a importância de aproveitar ” a janela de oportunidade, com mais humidade, menos vento e menos temperatura”, para desenvolver esforços de combate às chamas tendo em vista que o incêndio entre em fase de resolução.

“Estamos perante um cenário de enorme complexidade, com um terreno muitíssimo difícil, que tem tido nos últimos dias condições meteorológicas que têm dificultado as operações de combate”, resumiu, afastando que se tenha desvalorizado o fogo em Odemira nas primeiras horas.

“Não desvalorizamos, seja qual fora a ocorrência. Quanto anto mais neste território, que é um de enorme potencial de perigo. Jamais uma situação destas seria desvalorizada ou desconsiderada”, sublinhou.

Sobre a situação de alerta, a governante indicou que é ponderada “numa base diária”, mas voltou a reforçar que a sua declaração é um “instrumento absolutamente excecional e que deve ser reservado para essas situações”.

“Até agora não sentimos essa necessidade . Temos conseguido mobilizar os meios necessários”, assegurou, dizendo que, se em qualquer momento for considera necessária e fizer sentido “será acionada”.

“Nesta hora a esta data, de acordo com os dados que temos, neste momento, ainda não é necessário decretar a situação de alerta. Mas está sempre em cima da mesa”, disse a secretária de Estado da Proteção Civil.

Questionada sobre se devia ser decretada como uma medida de precaução, a responsável afastou. “Não haveria ganhos objetivos”, sustentou, referindo que implicaria restrições de liberdade e acessos, “que acabam por ter um impacto muito sério na vida das populações”.

“Em caso de duvida, optaremos sempre pelos instrumentos que nos dão mais garantias”, resumiu, indicando que o Governo irá optar por esta declaração da situação de alerta “quando houver um ganho objetivo”.

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