JMJ: “Durante duas semanas todo o país vai mostrar o que tem de melhor”. UNICRE salienta oportunidade benéfica para o turismo e economia de Portugal

Fernando Carvalho, administrador da UNICRE, aplaudiu o impacto que a Jornada Mundial da Juventude. Em entrevista exclusiva à ‘Executive Digest’, o responsável apontou a oportunidade criada pelo evento religioso, salientando que “durante duas semanas todo o país, e respetivos setores de atividade, vão ter a oportunidade de mostrar o que temos de melhor”.

Que bens ou serviços podem sofrer maior impacto devido à realização do evento?

Na semana da Páscoa, que associamos à Jornada Mundial da Juventude pelo cariz religioso, a hotelaria, restauração e supermercados estavam entre os setores com maior crescimento em faturação, na ordem dos 10%, 14% e 26%, respetivamente, comparativamente a 2022. Se tivermos estes dados do REDUNIQ Insights como base, bem como outras tendências que se têm vindo a registar em Portugal – com a restauração e a hotelaria a crescerem 55% e 48%, respetivamente, aquando da realização dos concertos dos Coldplay e da Queima das Fitas em Coimbra –, poderemos continuar a assistir, durante a realização deste evento em particular, a uma maior procura por estes setores de atividade (hotelaria, restauração e supermercados), principalmente pelo consumidor internacional.

Provavelmente, Lisboa, Loures e Fátima, os principais palcos da JMJ, serão as áreas do país mais afetadas. Concordam?

A expectativa é de que assim seja. A localização dos principais palcos, e respetivo simbolismo, irá levar a uma maior concentração das pessoas nessas áreas. Ainda esta semana, e a título de exemplo, o município de Ourém corroborou esta informação ao afirmar estar certo de que 90% das pessoas que vierem a Lisboa irão querer também passar pelo Santuário, em Fátima.

O que pode este afluxo de peregrinos para o evento significar economicamente para o país?

Apesar de existirem áreas mais afetadas do que outras aquando da realização deste evento, a verdade é que será algo benéfico para o turismo e, consequentemente, para a economia de todo o país. Os peregrinos chegarão uma semana antes do arranque da Jornada Mundial da Juventude e irão embora uma semana depois, ou até mais tarde, período no qual podem conhecer melhor as cidades portuguesas. Durante estas duas semanas (antes e depois), todo o país, e respetivos setores de atividade, vão ter a oportunidade de mostrar o que temos de melhor e, com isso, impulsionar a economia nacional. Para isso é fundamental que disponham de meios de aceitação de pagamento simples, eficientes e que aceitem cartões estrangeiros.

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