Professores, revisores da CP, trabalhadores da Câmara de Lisboa: Todas as greves e protestos já marcadas para a Jornada Mundial da Juventude

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) decorre de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, e marcará o regresso do Papa Francisco a Portugal, naquele que é o maior evento da Igreja Católica em todo o mundo, e que trará mais de um milhão de pessoas a Portugal.

No entanto, tudo parece anunciar que a JMJ vai também ficar marcada por protestos e greves de vários setores profissionais, com vários sindicatos a marcarem ações de luta para antes e durante o evento.

Forças de segurança fazem greve antes e protesto dia 2
A Confederação das Forças de Segurança anunciou uma série de greves e protestos relacionados com a Jornada Mundial da Juventude.

A organização, que inclui elementos de várias forças de segurança, como a PSP, GNR; SAE, Polícia Marítima e Guarda Prisional, anunciou que irá realizar várias ações de protesto durante a Jornada Mundial de Juventude, que decorre na primeira semana de agosto.

Antes destes protestos, a Confederação das Forças de Segurança explicou que irá ocorrer uma greve de três dias, marcada para 24, 25 e 26 de julho.

Está planeada uma grande manifestação para dia 2 de agosto, junto ao palácio de Belém, precisamente no dia em que Marcelo Rebelo de Sousa recebe o Papa Francisco.

Na semana da JMJ serão entregues panfletos a dar conta das reivindicações das várias forças de segurança participantes nos protestos, nos aeroportos nacionais, em pontos de fronteira e na Gare do Oriente, em Lisboa.

Professores em protesto
A Platafoma sindical de professores, que inclui várias estruturas sindicais, como a Fenprof, vai articular as ações com a Associação de Professores Católicos durante a JMJ.

Segundo o Correio da Manhã, os docentes em protesto vão interpelar “os jovens presentes, informando-os que também em Portugal a profissão de professor está a ser desvalorizada”, com o objetivo de os sensibilizar para os desafios que a classe enfrenta.

Trabalhadores não-docentes mobilizados em greve
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas decretou uma greve para entre as 00h00 e as 24 horas do período entre 31 de julho e 4 de agosto, estimando que que milhares de funcionários estejam a ser chamados para trabalho suplementar nas escolas que vão receber jovens durante a JMJ.

Serão cerca de dois mil estes funcionários, com o sindicato a reclamar que à autarquias a pedir que mudem férias, ou a exigirem trabalho suplementar e noturno.

Recolha de resíduos urbanos em risco em Lisboa
A recolha de lixo em Lisboa poderá ser afetada durante a JMJ, já que o Sindicato Nacional de Motoristas convocou uma greve que abrange todos os trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa, para os dias do evento.

Em causa está a exigência de um subsídio de transporte destinado aos trabalhadores noturnos e um aumento de salários.

O pré-aviso de greve destina-se sobretudo a motoristas e cantoneiros.

Revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP em greve parcial até final da JMJ

A greve de revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), foi alargada até 6 de agosto, para abranger o período em que decorre a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.

Os revisores, trabalhadores das bilheteiras, chefias diretas, manobradores e os trabalhadores da revisão de material, reivindicam melhores condições de trabalho e o fim das desigualdades salariais neste protesto.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo, adiantou no final do mês passado que a situação ainda não está resolvida, que os trabalhadores estão “descontentes”, pelo que na quarta-feira entregaram novo pré-aviso de greve para o período entre 6 de julho e 6 de agosto.

“De 06 a 10 de julho vamos ter uma greve parcial à sétima hora dos trabalhadores em Cascais. De 12 a 18 de julho a greve é ao trabalho extraordinário em todo o país. Durante todo o mês os trabalhadores farão greve aos comboios especiais e aos que têm mais de oito carruagens”, destacou.

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