PSD decide retirar confiança política a Teresa Leal Coelho… Via WhatsApp
A vereadora social-democrata Teresa Leal Coelho revelou na manhã desta quarta-feira, no programa Direto ao Assunto da “Rádio Observador”, que teve conhecimento que iria deixar de representar o PSD na autarquia de Lisboa através do grupo de Whatsapp do partido.
O PSD/Lisboa retirou, na madrugada desta terça-feira, a confiança política a Teresa Leal Coelho, passando ter um único vereador na maior autarquia do país: o arquitecto João Pedro Costa. A deliberação, aprovada por unanimidade, ressalva que a antiga vice-presidente de Pedro Passos Coelho no PSD «ostensivamente desrespeitou» a indicação de voto do PSD/Lisboa ao viabilizar a nomeação do antigo vereador Manuel Salgado para a presidência da Sociedade de Reabilitação Urbana.
Todavia, a vereadora disse à «Rádio Observador» que a decisão «não produz nenhum efeito jurídico nem tão pouco qualquer efeito político». A decisão, argumentou, surge de um conjunto de «nove pessoas que nem sequer foram eleitas para os cargos que estão a exercer neste momento». «Isto não é uma deliberação do PSD, é uma deliberação da concelhia do PSD que inclusivamente não me acompanhou na eleição a vereadora da Câmara Municipal de Lisboa. Quando o meu nome foi apontado pela direcção nacional do partido e, designadamente, por Pedro Passos Coelho como é do conhecimento público a concelhia não acompanhou nesta decisão», continuou Leal Coelho, garantindo que não vai abandonar o lugar na vereação da capital.
Sublinha ainda que interpreta esta decisão «em razão de um certo nervosismo que resulta da circunstância interna do partido que está em fase de processos eleitorais».
Já o presidente da concelhia de Lisboa, Rogério Jóoia, afirmou à “Rádio Observador”, que o facto de o PSD ficar apenas com um vereador na câmara municipal é uma oportunidade para «regressar às vitórias (…) em termos autárquicos em que é necessário para a cidade de Lisboa que o PSD possa ganhar a câmara municipal, e as juntas [de freguesia] em consonância, no sentido tornar governável uma cidade que até aqui tem sido o rosto da desgovernação».